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cuca

A forma cucapode ser[interjeição], [nome feminino] ou [nome masculino].

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cuca1cuca1
( cu·ca

cu·ca

)


nome feminino

1. [Construção] [Construção] Pedra escura, basáltica, com que se calçam cantarias.

2. [Figurado] [Figurado] Mulher velha e feia.

3. [Informal] [Informal] Cabeça.

4. [Brasil] [Brasil] Ser imaginário usado para meter medo às crianças. = COCA, PAPÃO

5. [Portugal: Douro] [Portugal: Douro] Fruto da carvalha mansa, parecido com uma pequena maçã. = MAÇACUCA, MAÇÃ-DE-CUCO

6. [Brasil: Minas Gerais] [Brasil: Minas Gerais] Vida de ostentação. = FAUSTO, LUXO


interjeição

7. [Informal, Regionalismo] [Informal, Portugal: Regionalismo] Expressão usada para afastar ou mandar alguém embora. = FORA, RUA

etimologiaOrigem etimológica: origem controversa.
cuca2cuca2
( cu·ca

cu·ca

)


nome masculino

[Informal] [Informal] Pessoa que cozinha (ex.: o cuca preparou um prato delicioso). = MESTRE-CUCA

etimologiaOrigem etimológica: inglês cook, cozinheiro.
cuca3cuca3
( cu·ca

cu·ca

)


nome feminino

[Brasil: Pernambuco] [Brasil: Pernambuco] Rolo que se faz com o mato roçado. = QUICUCA, TICUCA

etimologiaOrigem etimológica: redução de quicuca.
cuca4cuca4
( cu·ca

cu·ca

)


nome feminino

[Brasil] [Brasil] [Culinária] [Culinária] Bolo de origem alemã, feito de farinha de trigo, ovos e manteiga, com cobertura de açúcar ou frutas (ex.: beliscou um pedacinho de cuca). = CUQUE

etimologiaOrigem etimológica: alemão Kuchen, bolo.
cucacuca

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida sobre a existência ou não da palavra desposicionado, ou seja, utilizo a expressão para dizer o contrário de posicionado. Por exemplo: Um jogador está bem posicionado no campo, ou está desposicionado (quando não está bem posicionado).
O verbo desposicionar (assim como o adjectivo participial desposicionado) não se encontra registado em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, mas as pesquisas em corpora e na Internet evidenciam que se trata de palavra bastante usada actualmente em contextos desportivos, com o significado "sair da posição previamente definida" ou "deslocar-se da posição regulamentar".

Esta palavra tem uma formação regular através da aposição do prefixo des- (muito produtivo em português) ao verbo posicionar, pelo que, apesar de não se encontrar ainda atestada em obras lexicográficas, o seu uso é inteiramente lícito.




Relativamente às entradas e co- do dicionário, tenho duas dúvidas que gostaria me pudessem esclarecer:
1.ª Em que base do Acordo Ortográfico de 1990 se especifica que as contrações deixam de levar acento grave?
2.ª Se co- leva hífen antes de h, por que motivo é coabitação e não pode ser coerdeiro? Adicionalmente, creio que no Acordo Ortográfico de 1990 se estabelece que co é exceção, e não leva hífen antes de o.
Para maior clareza na nossa resposta às suas questões, mantivemos a sua numeração original:

1. Com o Acordo Ortográfico de 1990, o uso do acento grave em algumas contracções ficou mais restringido.
A Base XXIV do Acordo Ortográfico de 1945, que regia a ortografia portuguesa antes de o Acordo de 1990 entrar em vigor, admitia o acento grave na contracção da preposição a com o artigo definido ou pronome demonstrativo o (e suas flexões) e ainda “em contracções idênticas em que o primeiro elemento é uma palavra inflexiva acabada em a”. É neste contexto que se inseria o acento grave em contracções como prò (de pra, redução de para + o) ou (de ca, conjunção arcaica + o). Segundo o Acordo de 1990 (cf. Base XII), não estão previstos outros contextos para o acento grave para além da contracção da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo o (à, às) e com os demonstrativos aquele e aqueloutro e respectivas flexões (ex.: àquele, àqueloutra).

2. O prefixo co- deverá, como refere, ser seguido de hífen antes de palavra começada por h (cf. Base XVI, 1.º, a), como em co-herdeiro. A justificação para a ausência de hífen em coabitar, coabitação e derivados é o facto de estas palavras, segundo a informação etimológica à nossa disposição, derivarem directamente do latim e não se terem formado no português.

Relativamente à sua última afirmação, de facto, o prefixo co- constitui uma excepção à regra que preconiza o uso do hífen quando o segundo elemento começa pela mesma vogal em que termina o primeiro (cf. Base XVI, 1.º, b); Obs.); isto é, o prefixo co- não será seguido de hífen mesmo se o elemento seguintes começar por o (ex.: coobrigar, ao contrário de micro-ondas).