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corações

A forma coraçõespode ser [derivação feminino plural de corarcorar], [feminino plural de coraçãocoração] ou [masculino plural de coraçãocoração].

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coração1coração1
( co·ra·ção

co·ra·ção

)


nome masculino

1. [Anatomia] [Anatomia] Órgão musculoso, centro do sistema de circulação do sangue.

2. Parte exterior do corpo correspondente à zona do coração. = PEITO

3. [Figurado] [Figurado] Conjunto de sentimentos.

4. Centro da sensibilidade, da afeição, do amor.

5. Objecto do afecto de alguém.

6. Consciência ou memória.

7. Conjunto de características morais ou psicológicas. = CARÁCTER, ÍNDOLE

8. Coragem, valor.

9. Voz secreta.

10. Parte mais interior de algo (ex.: coração da alcachofra).

11. Parte mais central ou mais importante de algo (ex.: coração da cidade).

12. Cerne da árvore.

13. [Termo ferroviário] [Termo ferroviário] Peça angular numa intersecção de via-férrea.

14. [Brasil] [Brasil] Varanda ou sala de uma casa.


abrir o coração

Desabafar.

com o coração nas mãos

Com grande sinceridade ou franqueza.

Com inquietação ou preocupação.

coração de pomba

Pessoa bondosa.

cortar o coração

Causar tristeza ou compaixão (ex.: gemidos de cortar o coração; são histórias de vida que cortam o coração). = AFLIGIR, COMOVER

falar ao coração

Comover, sensibilizar alguém.

ter o coração ao pé da boca

Afligir-se facilmente.

ter o coração ao pé da goela

O mesmo que ter o coração ao pé da boca.

etimologiaOrigem etimológica: latim vulgar *coratio, -onis, do latim cor, cordis.
coração2coração2
|ò| |ò|
( co·ra·ção

co·ra·ção

)


nome feminino

Acto ou efeito de corar. = CORA

etimologiaOrigem etimológica: corar + -ção.
corarcorar
|cò| |cò|
( co·rar

co·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Dar cor a.

2. Branquear (expondo ao sol).

3. Fazer assomar a cor ao rosto.

4. [Figurado] [Figurado] Disfarçar, encobrir com falsa aparência.

5. [Técnica] [Técnica] Dar cor ao ouro.


verbo intransitivo

6. Ficar com a cara avermelhada, geralmente devido a constrangimento, timidez ou vergonha. = RUBORIZAR-SE

etimologiaOrigem etimológica: latim coloro, -are, dar cor, colorir, tingir.
iconeConfrontar: curar.
coraçõescorações

Auxiliares de tradução

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Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida sobre a existência ou não da palavra desposicionado, ou seja, utilizo a expressão para dizer o contrário de posicionado. Por exemplo: Um jogador está bem posicionado no campo, ou está desposicionado (quando não está bem posicionado).
O verbo desposicionar (assim como o adjectivo participial desposicionado) não se encontra registado em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, mas as pesquisas em corpora e na Internet evidenciam que se trata de palavra bastante usada actualmente em contextos desportivos, com o significado "sair da posição previamente definida" ou "deslocar-se da posição regulamentar".

Esta palavra tem uma formação regular através da aposição do prefixo des- (muito produtivo em português) ao verbo posicionar, pelo que, apesar de não se encontrar ainda atestada em obras lexicográficas, o seu uso é inteiramente lícito.




Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.