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cânone

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cânonecânone
( câ·no·ne

câ·no·ne

)


nome masculino

1. Princípio geral, de onde retiram ou inferem princípios mais específicos ou particulares (ex.: conhece os cânones clássicos). = NORMA, PRECEITO, REGRA

2. Maneira de proceder que serve de referência. = EXEMPLO, MODELO, PADRÃO

3. Conjunto de autores ou de obras que são considerados exemplares em determinada altura ou local (ex.: cânone arquitectónico; cânone literário; cânone ocidental).

4. [Religião] [Religião] Conjunto de textos ou obras reconhecidos como autoridade (ex.: os textos apócrifos não foram incluídos no cânone bíblico).

5. Conjunto de nomes de pessoas, entidades, obras ou coisas que respeitam determinada organização (ex.: um novo nome foi inserido no cânone dos santos). = CATÁLOGO, LISTA, RELAÇÃO, ROL

6. [Direito] [Direito] Lei, artigo ou regra que diz respeito à disciplina eclesiástica do direito canónico.

7. [Religião] [Religião] Decisão conciliar sobre matéria de fé ou disciplina católica.

8. [Religião católica] [Religião católica] Parte da missa que contém as palavras invariáveis do sacerdote entre o ofertório e a comunhão.

9. [Música] [Música] Forma e técnica de composição, na qual se repete uma voz ou melodia inicial.

10. [Música] [Música] Nota que mostra onde começa outra voz em fuga.

11. [Antigo] [Antigo] [Matemática] [Matemática] Fórmula matemática de que se deduziam valores para casos particulares.

cânones


nome masculino plural

12. Antigo curso ou faculdade de teologia (ex.: Faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra; doutoramento em Cânones pela Universidade de Salamanca).

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: CÂNON

etimologiaOrigem etimológica: latim canon, -onis, lei, regra, medida.
cânonecânone

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Como se designa algo que escraviza? Os termos escravizante e escravizador não aparecem no dicionário.
Nenhum dicionário regista de modo exaustivo o léxico de uma língua e o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) não é excepção. Apesar de não se encontrarem registadas no DPLP, as palavras escravizador e escravizante podem ser encontradas noutros dicionários de língua portuguesa com o significado “que escraviza”.

Estas duas palavras são formadas com dois dos sufixos mais produtivos do português (-ante e -dor), pelo que é sempre possível formar correctamente novas palavras com estes sufixos (normalmente a partir de verbos) que não se encontram registadas em nenhum dicionário.




Sou um profissional com formação na área de exatas e, freqüentemente, encontro dificuldades em escolher as preposições certas para determinadas construções. Por exemplo, não sei se em um texto formal diz-se que "o ambiente está a 50oC" ou se "o ambiente está à 50oC". (O uso da crase vem em minha cabeça como se houvesse a palavra feminina temperatura subentendida, como na forma consagrada "sapato à Luís XV", em que a palavra moda fica elíptica). Existem, em nossa língua, dicionários de regência on-line?
A crase é a contracção de duas vogais iguais. Há muitas vezes confusão entre à (contracção da preposição a com o artigo definido a) e a (artigo ou preposição).

Em geral, a preposição contrai-se com artigos definidos femininos (ex.: Ofereceu uma flor à namorada, O carro está em frente à casa) e com a locução relativa a qual (ex.: Esta é a instituição à qual ele está vinculado). Há também locuções fixas que contêm crase, onde se pode subentender moda ou maneira (ex.: Feijoada à [moda/maneira] brasileira).

Em geral, não se usa a crase antes de nome masculino (ex.: Foi andar a cavalo), de forma verbal (ex.: Esteve a dormir), de artigo indefinido (ex.: Chegou a uma brilhante conclusão) ou de topónimos que não precisam de artigo (ex.: Chegou a Brasília). Há ainda locuções fixas que não contêm crase (ex.: Encontraram-se frente a frente).

Por vezes há ainda confusão entre a contracção da preposição a com um pronome demonstrativo começado por a- (aquela, aquele, aquilo) e o uso isolado do pronome demonstrativo. Ex.: Àquela hora, não havia ninguém na rua. Nunca viu nada semelhante àquilo.

No caso do exemplo apresentado, numa frase como "o ambiente está a 50oC" não poderá usar a crase, pois não poderia subentender "o ambiente está à (temperatura de) 50oC" como é possível fazer em "sapato à [moda] Luís XV", pois isto acontece apenas em locuções fixas já consagradas pelo uso.

Tanto a crase como as regências (nominais ou verbais) fazem parte de uma área problemática da língua portuguesa, tanto na variedade do Brasil, como na de Portugal. Nestes casos não há soluções mágicas, mas tentativas de auxílio aos utilizadores de uma coisa tão complexa como a sua língua. O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa contém informação acerca das regências verbais e exemplos que ilustram o uso de determinados verbos. O FLiP (www.flip.pt) é um programa que inclui um corrector sintáctico que, entre outras funções, corrige alguns destes aspectos.