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bugio

A forma bugiopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de bugiarbugiar] ou [nome masculino].

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bugiobugio
( bu·gi·o

bu·gi·o

)


nome masculino

1. [Zoologia] [Zoologia] Designação comum às espécies de primatas. = MACACO, SÍMIO

2. [Antigo] [Antigo] Aparelho que eleva a certa altura um peso para o deixar cair sobre a estaca que se pretende cravar no solo. = BATE-ESTACAS

etimologiaOrigem etimológica:árabe bojaiia, relativo a ilha de onde se exportavam velas e talvez também macacos.

Colectivo:Coletivo:Coletivo:capela, macacada, macacaria.
bugiarbugiar
( bu·gi·ar

bu·gi·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Fazer bugiaria; agir como bugio ou macaco.


ir bugiar

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Locução usada para afastar alguém ou mostrar desejo de não ser mais incomodado; ir pentear macacos; ir plantar batatas (ex.: olha, vai bugiar!).

mandar bugiar

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Afastar alguém ou mostrar desejo de que alguém se afaste ou vá embora; mandar pentear macacos (ex.: ele veio chatear-me, mas eu mandei-o bugiar.).

etimologiaOrigem etimológica:bugio + -ar.

bugiobugio

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Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.