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boxe

A forma boxepode ser [primeira pessoa singular do presente do conjuntivo de boxarboxar], [terceira pessoa singular do imperativo de boxarboxar], [terceira pessoa singular do presente do conjuntivo de boxarboxar], [nome feminino no português de Portugal / nome masculino no português do Brasil] ou [nome masculino].

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boxe1boxe1
|cs| |cs|
( bo·xe

bo·xe

)


nome masculino

1. Desporto de combate em que se usam os punhos, com luvas específicas, para atacar. = PUGILISMO

2. Armadura metálica que se enfia nos quatro dedos que se opõem ao polegar, destinada a tornar os socos mais violentos e contundentes. = SOCO-INGLÊS, SOQUEIRA


boxe americano

[Desporto] [Esporte]  Desporto de combate em que se usam golpes com os punhos e com os pés.

etimologiaOrigem etimológica:inglês box, golpe, pancada, soco.
Confrontar: boche.
boxe2boxe2
|cs| |cs|
( bo·xe

bo·xe

)


nome feminino no português de Portugal / nome masculino no português do Brasil

1. Compartimento ou divisória, de uma série de outros da mesma espécie (ex.: boxe de cavalariça; boxe de garagem).

2. [Automóvel] [Automóvel] Local de uma pista de competição automóvel para apoio técnico aos veículos e aos pilotos (ex.: a bandeira preta obriga o piloto a parar nas boxes na volta seguinte).

3. [Brasil] [Brasil] Compartimento de uma casa de banho destinado a banhos de chuveiro. (Equivalente no português de Portugal: polibã.)

4. [Brasil] [Brasil] [Artes gráficas] [Artes gráficas] Texto de apoio, geralmente jornalístico, a que se dá destaque gráfico, como um fundo de cor ou linhas delimitadoras. (Equivalente no português de Portugal: caixa.)

etimologiaOrigem etimológica:inglês box, caixa.
Confrontar: boche.
boxarboxar
|cs| |cs|
( bo·xar

bo·xar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. [Desporto] [Esporte] Praticar boxe, ser pugilista.


verbo pronominal

2. Envolver-se em luta violenta com socos. = ESMURRAR, SOCAR

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: BOXEAR

etimologiaOrigem etimológica:box[e] + -ar.

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Dúvidas linguísticas



Qual é o plural de porta-voz?
De acordo com a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (p. 188), quando uma palavra hifenizada é composta por um verbo e um substantivo, apenas este último adquire a flexão do plural. Assim, o plural de porta-voz é porta-vozes, tal como o plural de guarda-chuva é guarda-chuvas e o de beija-flor é beija-flores.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.