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Síntese

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síntesesíntese
( sín·te·se

sín·te·se

)


nome feminino

1. [Gramática] [Gramática] Figura que consiste em reunir numa só duas palavras primitivamente separadas.

2. [Lógica] [Lógica] Método de demonstração que parte do simples para o composto, das causas para os efeitos, das partes para o todo; e, em matéria de raciocínio, do princípio para as consequências. (Opõe-se à análise.)

3. [Por extensão] [Por extensão] Toda a operação mental pela qual se constrói um sistema.

4. [Literatura] [Literatura] Operação que consiste em formar a resenha da peça literária que se tem em mente.

5. [Figurado] [Figurado] Resumo.

6. [Matemática] [Matemática] Demonstração das proposições pela única dedução daquelas que já estão provadas até chegar àquela que se quer estabelecer.

7. [Cirurgia] [Cirurgia] Reunião das partes divididas ou separadas.

8. Operação ou emprego de meios terapêuticos com o fim de reunir as partes divididas ou de restituir ao estado primitivo aquelas que haviam sido deslocadas.

9. [Farmácia] [Farmácia] Arte, acção ou processo de compor os remédios.

10. [Química] [Química] Operação pela qual se reúnem os corpos simples para formar os compostos, ou os compostos para formar outros de composição ainda mais complexa.

11. Recomposição de um corpo com os elementos que haviam sido separados pela análise.


síntese de continuidade

Reunião de partes acidentalmente divididas.

etimologiaOrigem etimológica:latim synthesis, -is, mistura, composto, serviço de pratos, conjunto de roupa, do grego súnthesis, -eos, composição, combinação, junção.

SínteseSíntese

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Dúvidas linguísticas



O particípio passado de imprimir é imprimido?! Que aconteceu ao impresso?!
De facto, impresso também é particípio passado de imprimir, pois este é um verbo que admite mais de um particípio passado, empregando-se geralmente esta forma com os auxiliares ser ou estar e a forma imprimido com os auxiliares ter ou haver.

Cunha e Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo [Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 442], sugerem que o verbo imprimir só tem duplo particípio quando significa ‘estampar, gravar’, com o exemplo Este livro foi impresso em Portugal, e não quando significa ‘imprimir movimento’, com o exemplo Foi imprimida enorme velocidade ao carro).




Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.