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trunfo

bedelho | n. m.

Trunfo pequeno....


garatusa | n. f.

Descarte dos trunfos (em certos jogos) sem aproveitar nenhum....


trunfada | n. f.

Grande número de trunfos....


trunfo | n. m.

Naipe que, em certos jogos de cartas, prevalece aos outros....


volte | n. m.

Jogo no voltarete que consiste em voltar a primeira carta que fica no resto, carta que há-de ser o trunfo, e à vista da qual o que faz o volte se descarta, deixando as cartas que sobejam para os seus dois parceiros....


flux | n. m.

Ter só cartas de trunfo....


feito | n. m. | n. m. pl. | adj. | conj.

Jogador que declara o trunfo, no voltarete....


destrunfar | v. tr.

Obrigar (o parceiro) a jogar trunfo....


trunfar | v. intr.

Jogar trunfo....


marimbo | n. m.

Jogo de cartas em que a dama de espadas é o maior trunfo....


mais-valia | n. f.

Segundo a doutrina marxista, lucro de que beneficiam os capitalistas, e que é constituído pela diferença entre o valor dos bens produzidos pelos trabalhadores e os salários recebidos por estes últimos....


três-setes | n. m. 2 núm.

Variedade de jogo de cartas em que não há trunfo e em que a carta de maior valor é o três de cada naipe....


matador | adj. n. m. | n. m. | adj.

Cada um dos maiores trunfos do voltarete. (Mais usado no plural.)...


trunfado | adj.

Que foi cortado com trunfo (ex.: jogada trunfada)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Colibri diz-se: Culibri? ou Colibri (com o som do -o- aberto)? Li que a sílaba acentuada é a última? Sendo aguda, que som tem a sílaba Co-? E porquê, ou seja qual é a regra para a pronunciação desta palavra?
Na questão colocada, está em causa a qualidade da vogal de uma sílaba átona, e não a sua acentuação (a palavra é sempre acentuada na última sílaba: colibri).

A letra o pode corresponder ao som [o], como em avô ou dor, ao som [ɔ], como em avó ou corda, ou ao som [u], como em comida ou carro.

No português europeu, como regra geral (com muitas excepções), as vogais que não pertencem a uma sílaba tónica são elevadas. Por exemplo, no caso da vogal o das palavras corda e cordão, o som [ɔ] (vogal mais baixa) da palavra corda (com acento tónico em cor) passa a pronunciar-se [u] (vogal mais alta) em cordão pois a sílaba tónica passou a ser a última cordão. Esta regra geral pode aplicar-se a colibri (como a sílaba tónica é bri, a sílaba co- pode pronunciar-se [ku]), mas no caso desta palavra, há informação lexical, isto é, relativa à própria palavra e não às regras mais gerais da língua, que faz com que, por motivos etimológicos ou outros, a maioria dos falantes pronuncie [kɔ]libri. Esta é então também a pronúncia registada no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia da Ciências/Verbo e, posteriormente, no Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora.


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