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progressão

crónico | adj.

Que é de progressão lenta e permanente no indivíduo (ex.: insuficiência renal crónica)....


per saltum | loc.

Sem cumprir todos os trâmites ou graus intermediários (ex.: progressão per saltum; recurso per saltum)....


medida | n. f.

Expressão que indica progressão simultânea ou proporção (ex.: à medida que avançava, ia ficando mais cansado)....


rubicão | n. m.

O que impede o movimento, a passagem ou a progressão....


tropia | n. f.

Desenvolvimento ou progressão de um organismo numa certa direcção, sob a influência de uma excitação exterior, como calor, luz, etc....


tropismo | n. m.

Desenvolvimento ou progressão de um organismo numa certa direcção, sob a influência de uma excitação exterior, como calor, luz, etc....


volata | n. f.

Progressão das notas de uma oitava executadas pelo cantor com suma velocidade....


crescendo | n. m.

Aumento progressivo e geral....


progressão | n. f.

Desenvolvimento graduado e ininterrupto....


método | n. m.

Obra que contém disposta numa ordem de progressão lógica os principais elementos de uma ciência, de uma arte....


Formação e progressão lenta de depósito que dará origem a rocha sedimentar....


velocidade | n. f.

Progressão normal do desenvolvimento de uma acção ou actividade (ex.: após a fase inicial, o projecto entrou rapidamente em velocidade de cruzeiro)....


aritmético | adj. | adj. n. m.

Da aritmética ou a ela relativo (ex.: cálculo aritmético, exercício aritmético)....


gradualismo | n. m.

Progressão feita com pequenas transformações, aos poucos e de forma regular....


Progressão feita com pequenas transformações, aos poucos e de forma regular....


obstaculizar | v. tr.

Colocar ou criar obstáculos (ex.: as novas medidas obstaculizam a progressão na carreira)....


Percurso de montanha dotado de estruturas e equipamentos nas paredes rochosas para facilitar a progressão....


involução | n. f.

Movimento ou processo regressivo....



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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