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minhoto

daí | contr.

Usa-se para indicar a origem ou a proveniência de um local próximo da pessoa a quem se fala (ex.: saímos daí ainda de madrugada)....


abertoiras | n. f. pl.

Extremidades das redes minhotas de arrastar e que formam seio ou bolsa....


zuca-truca | n. m.

Instrumento musical, típico do folclore minhoto, constituído por bonecos de madeira vestidos com trajes regionais, com castanholas, que são dispostos numa cana e movimentados por um eixo vertical....


mosteia | n. f.

Carro minhoto para condução de cereais e serviço de lavoura....


malhão | n. m.

Aumentativo de malha e de malho....


sarrabulhada | n. f.

Prato típico minhoto, feito com esse sangue, miúdos de porco e condimentos....


sarrabulho | n. m.

Prato típico minhoto, feito com esse sangue, miúdos de porco e condimentos (ex.: sarrabulho limiano)....


minhoteira | n. f. | adj. f. n. f.

Pontão para atravessar uma vala, um fosso, etc....


velhaco | adj. n. m. | adj. | n. m.

Diz-se de uma variedade de feijão minhoto....


à | contr.

Contracção da preposição a com o artigo ou pronome a (ex.: era uma versão muito semelhante à que ouvimos naquele dia; não respondeu acertadamente à pergunta; bacalhau à minhota; polvo à lagareiro)....


ratinho | n. m. | adj.

Minhoto....


milhano | n. m.

Ave de rapina (Milvus milvus) da família dos accipitrídeos....


milhafre | n. m.

Nome vulgar de diversas aves de rapina falconiformes da família dos accipitrídeos, encontradas nas regiões quentes e temperadas....


cordovil | adj. 2 g. n. f.

Diz-se de ou variedade de oliveira minhota e alentejana e da sua azeitona....


-oto | suf.

Indica relação (ex.: canhoto; palhota; minhoto)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de esclarecimento quanto ao uso do se não e senão.
Para a distinção entre a palavra senão e a locução se não, é necessário analisar os contextos em que as mesmas ocorrem.

A palavra senão pode ter vários usos, consoante a classe gramatical a que pertence. Como preposição, é usada antes de grupos nominais ou frases infinitivas para indicar uma excepção ou uma restrição, geralmente em frases negativas (ex.: não comeu nada senão chocolates; não fazia senão resmungar; não teve alternativa senão refazer o trabalho) ou interrogativas (ex.: que alternativa tenho senão refazer tudo? fazes outra coisa senão dormir?). Como conjunção, a palavra é usada para introduzir uma frase subordinada que indica uma consequência se houver negação do que é dito na oração principal (ex.: estuda, senão terás negativa no teste = não estudas, então tens negativa no teste). Pode ainda ser substantivo, indicando uma “qualidade negativa” (ex.: a casa tem apenas um senão: é muito fria no Inverno).

Os contextos acima (especialmente aquele em que senão é conjunção) são frequentemente confundidos com o uso da palavra se seguida do advérbio não. De entre os valores de se (enunciados na resposta se: conjunção ou pronome), os que mais frequentemente aparecem combinados com o advérbio não são os de conjunção condicional (ex. poderá incorrer em contra-ordenação, se não respeitar o código da estrada; agiu como se não tivesse acontecido nada) e de conjunção integrante (ex.: perguntou se não havia outra solução; verificou se não se esquecera de nada).

A confusão que alguns falantes fazem entre estas construções advém adicionalmente do facto de o uso como conjunção senão poder ocorrer algumas vezes no mesmo contexto do uso da conjunção condicional se. Por exemplo, na frase estuda, senão terás negativa no teste é possível admitir o uso da conjunção se seguida do advérbio não, partindo da hipótese de que se pode tratar de uma oração condicional em que o verbo está omitido (estuda, se não [estudares] terás negativa no teste). O uso da locução se não nos contextos de senão como preposição e como substantivo é incorrecta (ex.: *não comeu nada se não chocolates; *a casa tem apenas um se não) e vice-versa (ex.: *agiu como senão tivesse acontecido nada; *verificou senão se esquecera de nada).

Há outros contextos mais raros em que há ocorrência de se seguido de não, como na inversão da ordem normal do advérbio e do pronome clítico se (ex.: é bom que se não experimente uma tragédia semelhante = que não se experimente).




A frase Oh mãe, venha cá depressa! está incorrecta?
Como poderá constatar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a interjeição oh é usada para exprimir alegria, espanto, dor, repugnância ou para reforçar outro tipo de sentimento, pelo que, na frase que refere, o uso dessa interjeição não é adequado. Nestes casos, deverá ser usado o determinante apelativo ó, que antecede geralmente substantivos, pronomes pessoais ou possessivos e funciona com valor de vocativo, pois introduz interpelações ou chamamentos. Assim, a frase correcta será: Ó mãe, venha cá depressa!

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