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biodegradas

sacola | n. f.

Espécie de alforge ou saco de dois fundos que os frades mendicantes traziam aos ombros....


bioplástico | n. m. | adj.

Plástico biodegradável obtido a partir de produtos vegetais....


Processo segundo o qual compostos químicos são destruídos por organismos vivos (microrganismos, por exemplo)....


biodísel | n. m.

Produto combustível biodegradável e renovável, obtido a partir de óleos animais ou vegetais, que pode ser utilizado em vez do dísel de origem mineral....


biodiesel | n. m.

Produto combustível biodegradável e renovável, obtido a partir de óleos animais ou vegetais, que pode ser utilizado em vez do diesel de origem mineral....


tensioactivo | adj. n. m.

Que ou o que diminui a tensão superficial de um líquido em que está dissolvido (ex.: substância tensioactiva; o produto contém tensioactivos biodegradáveis)....


biorremediador | adj. n. m.

Que ou o que intervém num processo de recuperação ambiental de áreas contaminadas através de microorganismos ou enzimas (ex.: agente biorremediador; o laboratório desenvolveu um biorremediador que promove a biodegradação de gorduras)....


biodegradar | v. tr. e pron.

Decompor(-se) matéria orgânica por acção de microrganismos, sem grandes prejuízos para o ambiente....


quitosana | n. f.

Polissacarídeo derivado da quitina que, pelas suas propriedades antioxidantes, biocompatíveis e biodegradáveis, tem várias aplicações agrícolas, biomédicas, farmacêuticas e industriais. (Equivalente no português de Portugal: quitosano.)...


quitosano | n. m.

Polissacarídeo derivado da quitina que, pelas suas propriedades antioxidantes, biocompatíveis e biodegradáveis, tem várias aplicações agrícolas, biomédicas, farmacêuticas e industriais. (Equivalente no português do Brasil: quitosana.)...


Produto combustível biodegradável e renovável, obtido especialmente a partir de óleos vegetais ou de resíduos....


biodegradável | adj. 2 g.

Que pode ser decomposto por microrganismos vivos até desaparecer por completo (ex.: detergente biodegradável)....


Que pode ser decomposto por microrganismos vivos e cuja biodegradação se inicia com água (ex.: plástico hidrobiodegradável)....


oxibiodegradável | adj. 2 g.

Que contém aditivo para acelerar o processo de biodegradação (ex.: plástico oxibiodegradável)....


biodegradante | adj. 2 g.

Que provoca ou ajuda a biodegradação (ex.: capacidade biodegradante)....



Dúvidas linguísticas



o primeiro "e" de brejeiro é aberto ou fechado?
De acordo com os dicionários de língua portuguesa que registam a transcrição fonética das palavras, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, o primeiro e de brejeiro lê-se [ɛ], como o e aberto de vela ou neto.

No português de Portugal é comum a elevação e centralização das vogais átonas, como por exemplo a alteração da qualidade da vogal [ɛ] para [i] em pesca > pescar ou vela > veleiro, mas há palavras que mantêm inalterada a qualidade da vogal, sendo este o caso de brejeiro, que mantém a qualidade do e da palavra brejo.




Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.


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