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azoteis

azotado | adj.

Que contém azoto....


Dizia-se de um composto oxigenado de azoto chamado hoje peróxido de azoto....


úrico | adj.

Diz-se de um ácido orgânico azotado, presente em fraquíssima dose no sangue, em dose menos fraca na urina (0,5 g por litro), e que provém da degradação no organismo das purinas....


azotémico | adj.

Relativo a azotemia ou ao teor de azoto no sangue....


miosina | n. f.

Substância azotada dos músculos....


osseína | n. f.

Substância azotada que entra na composição dos ossos e forma o tecido celular da pele e das cartilagens nos animais....


ptialina | n. f.

Substância azotada extraída da saliva....


ptomaína | n. f.

Putrefacção cadavérica....


sulfa | n. f.

Nome genérico dos compostos orgânicos azotados e sulfurados utilizados em medicina contra as doenças infecciosas....


amoníaco | n. m.

Gás incolor, de sabor muito cáustico, formado pela combinação do azoto e do hidrogénio....


homosfera | n. f.

Camada da atmosfera, situada entre o solo e uma altitude de 100 km, em que os constituintes principais (azoto e oxigénio) permanecem em proporções constantes....


peróxido | n. m.

Combinação de um corpo simples com a maior quantidade possível de oxigénio (ex.: peróxido de azoto; peróxido de cloro; peróxido de ferro)....


teobromina | n. f.

Princípio activo extraído do cacau, de base azotada e usado como diurético....


ureia | n. f.

Substância de fórmula CO(NH2)2, que se encontra nas matérias azotadas do organismo, que este fabrica a partir de ácidos aminados e de sais amoniacais, e que os rins extraem do sangue e concentram na urina....


azotemia | n. f.

Teor de azoto no sangue....


algina | n. f.

Substância azotada viscosa que se encontra nas plantas marinhas e sobretudo nas algas....


cianamida | n. 2 g.

Corpo que deriva do amoníaco por substituição do grupo — CN por um átomo de hidrogénio. (A cianamida cálcica é um adubo azotado.)...


cianogénio | n. m.

Gás composto de azoto e carbono, muito tóxico e que entra nas combinações como corpo simples....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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