Na frase ceámos à lareira que a noite estava fria, qual é a função desempenhada pela palavra que?
Na frase em análise, a palavra que desempenha a função de conjunção subordinativa causal, pois liga duas orações, exprimindo que a causa da oração principal ou subordinante (ceámos à lareira) decorre do que está explicado na subordinada (que a noite estava fria). Nesta frase, a conjunção que é substituível por outras conjunções causais, como porque ou pois (ceámos à lareira, porque a noite estava fria; ceámos à lareira, pois a noite estava fria), ou por outras locuções conjuncionais, como as locuções uma vez que ou visto que (ceámos à lareira, uma vez que a noite estava fria; ceámos à lareira, visto que a noite estava fria).
Como se diz: existe diferenças significativas ou existem diferenças significativas entre duas populações?
O verbo existir
é intransitivo e deve concordar com o sujeito, que, na frase em apreço,
corresponde a um plural (diferenças significativas). Por este motivo, a
frase correcta será existem diferenças significativas.
Esta hesitação em
efectuar a concordância do verbo existir com o seu sujeito deriva
provavelmente do facto de este verbo ser sinónimo, em algumas acepções, do verbo
haver, que, neste sentido, é impessoal, isto é, não tem sujeito e deve
sempre ser conjugado na terceira pessoa do singular (ex.: há diferenças
significativas).