PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

Gênero

De Anacreonte ou do seu género de poesia....


Que se compõe de partes de natureza ou de espécie diferente....


promíscuo | adj.

Que tem apenas um género e designa animais cujo sexo masculino e feminino pode ser determinado através das palavras macho ou fêmea....


semitonado | adj.

Que procede por meios-tons ou que pertence ao género cromático....


sobrecomum | adj. 2 g.

Que tem um só género gramatical, mas cuja forma invariável pode designar um indivíduo do sexo masculino ou do sexo feminino (ex.: algoz e cônjuge são nomes sobrecomuns do género masculino; criança e vítima são nomes sobrecomuns do género feminino)....


sintónico | adj.

Dizia-se, entre os gregos, de uma espécie de género diatónico que resulta da divisão do tetracorde num meio-tom e dois tons iguais....


sozinho | adj.

Sem par ou outro do mesmo género....


unívoco | adj.

Que designa vários objectos distintos, mas do mesmo género, com o mesmo sentido: Planeta é termo unívoco de Vénus e de Marte....


bixáceo | adj.

Relativo às bixáceas....


fusídico | adj.

Diz-se de um ácido com propriedades antibióticas pela inibição da síntese de proteínas bacterianas....


light | adj. 2 g. 2 núm.

Que tem menos calorias do que outros produtos do mesmo género....


flexionável | adj. 2 g.

Cuja forma, geralmente a terminação, varia em função do género, número ou pessoa (ex.: palavra flexionável)....


incongénere | adj. 2 g.

Que não é do mesmo género ou da mesma natureza (ex.: maneiras de pensar incongéneres)....


Que só tem uma espécie (ex.: género monoespecífico de uma planta)....


Amigo de toda a gente; o mesmo é dizer: amigo de ninguém; Molière (Misanthrope, I, 1) adaptou esta frase: «L'ami du genre humain n'est point du tout mon fait»....


Acto de um negociante tomar sobre si a responsabilidade do preço da venda de um género que recebe de outra praça ou comissão que recebe por isso....


Relativo a conto (ex.: género contístico; produção contística)....



Dúvidas linguísticas



A expressão "até ao arrebatamento" está correta?
Antes de mais, convém clarificar, ainda que resumidamente, o uso de até.

Como preposição, a palavra até é usada para indicar um limite temporal (ex.: Eu vou embora, até amanhã; Esperem pela resposta até meados de Janeiro; Dormi até tu chegares), um limite espacial (ex.: Viajou de comboio até Paris) ou um limite quantitativo (ex.: O desconto é válido em todos os enlatados até 800 g).

Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha e Lindley Cintra (14.ª ed., Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 561), em Portugal usa-se geralmente a preposição até acompanhada da contracção da preposição a com o artigo definido o/a(s) (ex: Fui até ao parque; Fomos até à igreja) enquanto no Brasil se usa maioritariamente a preposição até sem a contracção (ex.: Fui até o parque; Fomos até a igreja). Em termos de correcção, como refere o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), é indiferente no Brasil associar a preposição até a outra preposição ou não. Por outras palavras, é tão correcto escrever fomos até à igreja como fomos até a igreja, sendo a última a forma mais usual no Brasil.

Como advérbio, a palavra até é usada para indicar inclusão ou ênfase, sendo sinónima de inclusivamente, também ou mesmo (ex.: Todos ajudaram na arrumação da cozinha, até o avô; O empresário fez várias alterações e admite até a contratação de mais funcionários). Dependendo da regência do verbo em causa, o advérbio até pode surgir associado a uma contracção (ex.: Eles foram a todo o lado: à Europa, à Ásia, até à Austrália!).

Considerando os usos acima descritos, a expressão até ao arrebatamento está correcta, tanto em Portugal como no Brasil, se a palavra até for usada como preposição (ex.: Foi uma festa intensa até ao arrebatamento final). Se, no entanto, a palavra até for usada como advérbio, a expressão até ao arrebatamento está incorrecta, como indica o asterisco (ex.: *Todas as emoções foram banidas, até ao arrebatamento religioso).




Escreve-se ei-la ou hei-la?
A forma correcta é ei-la.

A palavra eis é tradicionalmente classificada como um advérbio e parece ser o único caso, em português, de uma forma não verbal que se liga por hífen aos clíticos. Como termina em -s, quando se lhe segue o clítico o ou as flexões a, os e as, este apresenta a forma -lo, -la, -los, -las, com consequente supressão de -s (ei-lo, ei-la, ei-los, ei-las).

A forma hei-la poderia corresponder à flexão da segunda pessoa do plural do verbo haver no presente do indicativo (ex.: vós heis uma propriedade > vós hei-la), mas esta forma, a par da forma hemos, já é desusada no português contemporâneo, sendo usadas, respectivamente, as formas haveis e havemos. Vestígios destas formas estão presentes na formação do futuro do indicativo (ex.: nós ofereceremos, vós oferecereis, nós oferecê-la-emos, vós oferecê-la-eis; sobre este assunto, poderá consultar a resposta mesóclise).

Pelo que acima foi dito, e apesar de a forma heis poder estar na origem da forma eis (o que pode explicar o facto de o clítico se ligar por hífen a uma forma não verbal e de ter um comportamento que se aproxima do de uma forma verbal), a grafia hei-la não pode ser considerada regular no português contemporâneo, pelo que o seu uso é desaconselhado.


Ver todas