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átomo

atómico | adj.

Relativo aos átomos (ex.: massa atómica, número atómico)....


biatómico | adj.

Que tem duplo número de átomos (com relação a outro corpo)....


corpuscular | adj. 2 g.

Relativo a corpúsculos, a átomos....


diatómico | adj.

Diz-se dos elementos cujas moléculas são formadas de dois átomos....


Diz-se da molécula de um corpo que compreende um só átomo desse corpo....


Diz-se de um corpo susceptível de se combinar com vários corpos monoatómicos, ou vários átomos do mesmo corpo....


Diz-se de toda a partícula constitutiva do átomo....


Diz-se de qualquer corpo que só é saturado por quatro átomos de hidrogénio ou de outro corpo monovalente....


Diz-se dos corpos cujos átomos se podem combinar com três átomos de hidrogénio ou que se podem substituir a três átomos de hidrogénio ou de um corpo monoatómico....


estérico | adj.

Relativo à disposição dos átomos ou à estrutura de uma molécula....


dióxido | n. m.

Óxido que contém dois átomos de oxigénio....


molécula | n. f.

Conjunto de átomos (formando a parte mínima que pode existir em liberdade)....


ose | n. f.

Açúcar não hidrolisado que contém 3 a 6 átomos de carbono por molécula, como a glicose....


ozono | n. m.

Gás ligeiramente azulado, de cheiro aliáceo, constituído por três átomos de oxigénio, e que se desenvolve sob a influência das descargas eléctricas....


protão | n. m.

Partícula carregada positivamente, um dos constituintes do núcleo dos átomos....


Reacção química em que um átomo, geralmente de hidrogénio, é substituído pelo átomo de um halogéneo....


dicloreto | n. m.

Cloreto que contém dois átomos de cloro na sua composição....


carbanião | n. m.

Anião orgânico em que a carga negativa está num átomo de carbono....



Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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