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PIO

A forma PIOpode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de piarpiar], [adjectivoadjetivo] ou [nome masculino].

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pio1pio1
( pi·o

pi·o

)


adjectivoadjetivo

1. Inclinado à piedade. = DEVOTO, RELIGIOSOÍMPIO

2. Benigno, compassivo, misericordioso.

3. Que denota caridade.

4. Onde se recolhem, sustentam ou educam pessoas desvalidas (ex.: estabelecimento pio).

5. Que tem um fim caritativo ou piedoso (ex.: mentira pia, obra pia).

6. [Popular] [Popular] Embriagado.

vistoSuperlativo: pientíssimo ou piíssimo.
etimologiaOrigem etimológica:latim pius, -a, -um, que cumpre os seus deveres para com os pais, a pátria, os deuses.
iconSuperlativo: pientíssimo ou piíssimo.
pio2pio2
( pi·o

pi·o

)


nome masculino

1. Voz da cria de qualquer ave.

2. Voz de muitas aves (ex.: pio do mocho).

3. Voz que imita o som de certas aves.

4. [Informal] [Informal] Palavra, fala (ex.: ficou sem pio).


nem pio

Nem uma palavra. = SILÊNCIO

etimologiaOrigem etimológica:origem onomatopaica.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:chilrada, chilreio, chilro.
pio3pio3
( pi·o

pi·o

)


nome masculino

Pia usada para pisar espremer uvas ou azeitonas em lagar de vinho ou de azeite.

etimologiaOrigem etimológica:alteração de pia.
piarpiar
( pi·ar

pi·ar

)
Conjugação:unipessoal.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Dar pios (as aves).

2. [Informal] [Informal] Falar (ex.: depois da repreensão, ele nem piou).

3. [Informal] [Informal] Beber vinho.


verbo transitivo

4. [Gíria] [Gíria] Beber (qualquer líquido alcoólico).

5. [Regionalismo] [Regionalismo] Descascar (milho).


nome masculino

6. Acto de dar pios.

7. Som agudo característico de algumas aves. = PIADO, PIO


não poder piar

Estar muito rouco.

Estar muito cansado.

[Figurado] [Figurado] Estar inibido de emitir opinião sobre alguma coisa.

sem piar

Sem dizer nada.

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Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Pretendo esclarecer a seguinte dúvida: deve escrever-se ir DE ENCONTRO às necessidades dos clientes ou ir AO ENCONTRO das necessidades dos clientes.
Apesar de serem frequentemente confundidas, as locuções prepositivas ao encontro de e de encontro a têm significados diferentes e chegam a ser antónimas. Assim, a locução ao encontro de pode significar “na direcção de”, “à procura de” ou “em consonância com” (ex.: queria ir ao encontro das necessidades dos clientes). Pelo contrário, a locução de encontro a pode significar “em sentido oposto”, podendo ser sinónimo da preposição contra (ex.: não podia ir de encontro às necessidades dos clientes).
Estas duas locuções podem formar locuções verbais em conjugação com vários verbos (ex. correr/ir/vir ao encontro de; ir/surgir/vir de encontro a), com significados semelhantes, como se pode ver nos exemplos acima.