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OVO

A forma OVOpode ser[elemento de composição] ou [nome masculino].

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ovo-ovo-


elemento de composição

Exprime a noção de ovo (ex.: ovogénese).

etimologiaOrigem etimológica:latim ovum, -i, ovo.
ovoovo
|ô| |ô|
( o·vo

o·vo

)
Imagem

ZoologiaZoologia

Corpo que se forma no ovário das fêmeas ovíparas e encerra o germe animal.


nome masculino

1. [Biologia] [Biologia] Célula que resulta da fecundação do gâmeta feminino pelo gâmeta masculino. = ZIGOTO

2. [Zoologia] [Zoologia] Corpo que se forma no ovário das fêmeas ovíparas e encerra o germe animal.Imagem

3. Célula reprodutiva das aves, madura e não fecundada, usada na alimentação.Imagem

4. [Figurado] [Figurado] Aquilo que constitui o princípio de algo. = GERME, ORIGEM, PRINCÍPIO

5. [Calão] [Tabuísmo] Testículo. (Mais usado no plural.)

6. Objecto de forma oval ou semelhante a um ovo.


babar ovo

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Elogiar de modo servil. = BAJULAR

contar com o ovo no cu da galinha

[Informal] [Informal] O mesmo que contar com o ovo no rabo da galinha.

contar com o ovo no rabo da galinha

[Informal] [Informal] Supor como certo algo que não é garantido que aconteça.

ovo de Colombo

Ideia ou solução aparentemente complexa ou difícil, mas que se revela simples e óbvia quando alguém a apresenta.

ovo de Páscoa

Guloseima de chocolate, em forma de ovo.Imagem

ovo escalfado

Ovo, geralmente de galinha, que é cozinhado em água quente sem a casca.

ovo estrelado

Ovo, geralmente de galinha, que é frito sem se misturar a gema com a clara.Imagem

ovo mexido

Ovo, geralmente de galinha, que se frita misturando a gema com a clara.

ovo quente

Ovo, geralmente de galinha, que é cozinhado em água quente com a casca, durante um curto período de tempo, para que fique com a gema líquida e a clara sólida.

ovo roto

Ovo estrelado, geralmente com a gema um pouco líquida, acompanhado de presunto, fiambre ou chouriço e batatas fritas.

ovo verde

Ovo, geralmente de galinha, que é cozido e cuja gema se mistura com salsa picada.

pisar em ovos

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Agir com muita cautela ou diplomacia.

pisar ovos

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Fazer algo muito lentamente; demorar muito tempo na sua execução.

vistoPlural: ovos |ó|.
etimologiaOrigem etimológica:latim ovum, -i, ovo.
iconPlural: ovos |ó|.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:ova, ovação, ovada.
Ver também resposta à dúvida: plural com alteração do timbre da vogal tónica.

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Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




O verbo aconselhar no pretérito perfeito do indicativo está acentuado. Mas é "nós aconselhamos" e não "aconselhámos", certo?
Diferentemente do que sucedia no sistema verbal brasileiro, na norma europeia do português, e de acordo com a base XVII do Acordo Ortográfico de 1945, em Portugal, assinalava-se sempre com acento agudo a primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo dos verbos da primeira conjugação, terminados em -ar (ex.: aconselhámos). Com a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990, a base IX estipula, no seu ponto 4, que o acento agudo das formas verbais de pretérito perfeito do indicativo passa a ser facultativo (ex.: aconselhámos ou aconselhamos), para que se distingam das formas do presente do indicativo (ex.: aconselhamos). No entanto, é possível que a forma acentuada se mantenha como a preferencial em Portugal, uma vez que era essa a única grafia permitida pela anterior norma ortográfica, como acima se referiu.

É de salientar que as indicações acima se referem apenas à ortografia. Do ponto de vista da pronúncia, a distinção entre a vogal tónica com timbre aberto (equivalente a -ámos) ou fechado (equivalente a -âmos) no pretérito perfeito não é feita em muitos dialectos do português, nomeadamente em zonas do Norte de Portugal, na Madeira e em dialectos do Brasil (esse foi um dos argumentos para retirar a obrigatoriedade do acento gráfico no Acordo Ortográfico de 1990).

Devemos ainda referir que nos verbos da segunda (ex.: comer) e terceira conjugações (ex.: partir), não há qualquer distinção gráfica (ou fonética) entre a primeira pessoa do plural do presente do indicativo e do pretérito perfeito do indicativo (ex.: comemos ontem, comemos agora; partimos ontem, partimos agora).

O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa é um dicionário de português que permite a consulta de palavras na grafia com ou sem o novo acordo ortográfico, na norma europeia ou brasileira do português. Se consultar a conjugação na norma europeia, com a opção antes do novo acordo ortográfico, a única forma possível é a forma acentuada (aconselhámos); se consultar a conjugação com a opção da nova grafia seleccionada, surgem as duas opções (aconselhámos e aconselhamos). Se consultar a conjugação na norma brasileira, com ou sem o novo acordo ortográfico, a única forma possível é a forma sem acento (aconselhamos).