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BORDÃO

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bordãobordão
( bor·dão

bor·dão

)
Imagem

Pau que serve para apoio de quem caminha (ex.: um dos peregrinos passou agarrado a um bordão).


nome masculino

1. Pau que serve para apoio de quem caminha (ex.: um dos peregrinos passou agarrado a um bordão).Imagem = CAJADO, VARAPAU

2. [Figurado] [Figurado] Aquilo que ajuda. = ARRIMO, AUXÍLIO

3. [Armamento] [Armamento] Corda de arco de atirar.

4. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Palavra ou locução esvaziada de sentido e sem função morfossintáctica, que se usa ou repete no discurso, geralmente de forma inconsciente ou automática, por vezes como forma de apoio em momentos de hesitação, esquecimento ou reformulação do pensamento (ex.: os bordões portanto e é assim são característicos do registo coloquial).

5. [Música] [Música] Corda grossa de certos instrumentos.

6. [Música] [Música] Tom invariável que serve de baixo na gaita-de-foles, sanfona, etc.

7. [Música] [Música] Cano de gaita-de-foles que é geralmente colocado sobre o ombro do gaiteiro. = RONCÃO

8. [Música] [Música] Registo de diapasão grave do órgão.

9. [Música] [Música] Corda esticada que fica em contacto com a membrana inferior de alguns tambores.

10. [Botânica] [Botânica] Espécie de palmeira de que se faz o maluvo.

etimologiaOrigem etimológica:latim burdo, -onis, macho, mula.

BORDÃOBORDÃO

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Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Gostaria de saber se é correto pronunciar o -x- da palavra sexta-feira, ou será se[s]ta-feira?
A palavra sexta-feira tem pronúncias diferentes no português europeu e no português do Brasil. Assim, no português europeu, o -x- de sexta é geralmente pronunciado como o -ch- de chá); no português do Brasil, a pronúncia mais usual desse -x- é como o s- de saco.