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danação

A forma danaçãopode ser [derivação feminino singular de danardanar] ou [nome feminino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
danaçãodanação
( da·na·ção

da·na·ção

)


nome feminino

1. Maldição; perversão.

2. Corrompimento.

3. Condenação; estrago.

4. Raiva, hidrofobia.

etimologiaOrigem etimológica:latim damnatio, -onis, condenação.
danardanar
( da·nar

da·nar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Danificar, perverter, estragar.

2. Tornar hidrófobo.

3. [Pouco usado] [Pouco usado] Condenar ao inferno.


verbo transitivo e pronominal

4. [Figurado] [Figurado] Deixar ou ficar irritado ou zangado. = IRRITAR, ZANGAR


verbo pronominal

5. [Brasil] [Brasil] Ir-se embora.

6. [Brasil] [Brasil] Ir para. = DIRIGIR-SE


verbo auxiliar

7. [Brasil] [Brasil] Começar a.


dane-se

[Informal] [Informal] O mesmo que que se dane.

danou-se

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Expressão usada para indicar que algo correu mal ou que não tem solução.

[Brasil: Nordeste, Popular] [Brasil: Nordeste, Popular] Exprime espanto ou surpresa.

e danou-se

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Usa-se para indicar quantidade ou número indeterminado que excede um número redondo. = E LÁ VAI FUMAÇA, E LÁ VAI PEDRA

que se dane

[Informal] [Informal] Interjeição designativa de admiração, surpresa, indignação, desagrado, indiferença, raiva, etc.

etimologiaOrigem etimológica:latim damno, -are, danificar, condenar, censurar, julgar.


Dúvidas linguísticas



Cronopata é erro? Pela sua etimologia, creio que estaria correctamente no dicionário... Mas não consta... Neologismo? Porque ainda não adoptado oficialmente?
As palavras cronopatia e cronopata, apesar de não se encontrarem registadas em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, estão correctamente formadas (com os elementos de formação crono-, derivado do grego khrónos, que significa “tempo”, e -patia e -pata, derivados do grego páthe, que significa “doença” ou “dor”). Na medicina, a cronopatia pode designar o conjunto de patologias que estão relacionadas com desvios, atrasos ou avanços no crescimento; pode também referir-se à incapacidade para gerir o tempo ou para cumprir horários. Cronopata será a pessoa que sofre de alguma destas patologias.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.