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peste

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pestepeste
( pes·te

pes·te

)


nome feminino

1. Doença epidémica grave, infecto-contagiosa, provocada por um bacilo, em que a pele é geralmente atacada de bubões ou de úlceras.

2. [Medicina] [Medicina] Doença que causa grande mortandade.

3. [Figurado] [Figurado] Mau cheiro. = FEDOR

4. Coisa perniciosa ou funesta.

5. O que corrompe ou destrói, física ou moralmente.

6. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Pessoa irrequieta ou travessa (ex.: aquele garoto é uma peste!). = DIABRETE

7. [Informal] [Informal] Faísca eléctrica.


nome de dois géneros

8. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Pessoa má.


da peste

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Muito grande; em elevado grau (ex.: foi um erro da peste; ele é um amigo da peste).

Terrível ou espantoso (ex.: ele tem um feitio da peste).

não ser peste

Ser bonito ou agradável.

peste branca

Enfermidade infecciosa e contagiosa causada por um micróbio especial chamado bacilo de Koch, caracterizada pela formação de pequenos tubérculos em determinadas partes do corpo, como os pulmões, a laringe, os intestinos, etc. = TUBERCULOSE

peste bubónica

[Medicina] [Medicina]  Doença epidémica altamente infecciosa causada pela bactéria Yersinia pestis, caracterizada por tumefacções ganglionares dolorosas.

peste negra

Designação dada à grande epidemia de peste, de tipo hemorrágico subcutâneo, que provocou grande mortandade na Europa Ocidental no século XIV.

etimologiaOrigem etimológica:latim pestis, -is.

Auxiliares de tradução

Traduzir "peste" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



A palavra seje existe? Tenho um colega que diz que esta palavra pode ser usada na nossa língua.
Eu disse para ele que esta palavra não existe. Estou certo ou errado?
A palavra seje não existe. Ela é erradamente utilizada em vez de seja, a forma correcta do conjuntivo (subjuntivo, no Brasil) do verbo ser. Frases como “Seje bem-vindo!”, “Seje feita a sua vontade.” ou “Por favor, seje sincero.” são cada vez mais frequentes, apesar de erradas (o correcto é: “Seja bem-vindo!”, “Seja feita a sua vontade.” e “Por favor, seja sincero.”). A ocorrência regular de seje pode dever-se a influências de falares mais regionais ou populares, ou até mesmo a alguma desatenção por parte do falante, mas não deixa de ser um erro.



Na frase "Quem encontrou uns óculos no banheiro, favor entregar ao setor de Meio Ambiente", a dúvida é se posso colocar uns óculos, mesmo possuindo um único par de óculos perdidos.
A concordância uns óculos está correcta e *um óculos é um erro a evitar (o asterisco indica agramaticalidade).

O exemplo apontado (óculos) é um caso de pluralia tantum (‘apenas plural’), designação latina dada a palavras ou expressões que correspondem a um plural gramatical, mas que designam um objecto ou referente singular, normalmente formado por duas partes mais ou menos simétricas (outros exemplos serão binóculos ou calças). Com estas palavras tem de haver sempre concordância com a terceira pessoa do plural (ex.: os binóculos partidos estão em cima da mesa; as calças rasgadas foram cosidas), pois gramaticalmente são substantivos no plural, mesmo se designam uma realidade única; é também frequente nestes casos o uso do numeral colectivo par de, o que permite fazer concordâncias no singular (ex.: o par de binóculos partidos/partido está em cima da mesa; o par de calças rasgadas/rasgado foi cosido).

A hesitação na utilização da palavra óculos parece resultar de dois factores. O primeiro factor relaciona-se com a influência de um fenómeno relativamente comum no português do Brasil, que consiste na preferência do singular para designar um referente composto por duas peças (ex.: Comprei uma calça nova; Está usando sandália importada), sem que a interpretação implique apenas um elemento do par (repare-se no entanto que as formas *uma calças / *umas calça e *uma sandálias / *umas sandália são incorrectas, como indica o asterisco). O segundo factor, como refere Cláudio Moreno em O Prazer das Palavras (Porto Alegre, RBS Publicações, 2004, p. 122), relaciona-se com o facto de óculos não ser entendido como plural de óculo e ser confundido com um substantivo de dois números (isto é, que tem a mesma forma para o singular e para o plural) terminado em -s, como lápis (ex.: Comprei um lápis novo; Está usando lápis importados). Estes dois factores conjugam-se na construção de estruturas erradas como *meu óculos escuro.