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vocábulo

Diz-se da língua em que os principais elementos da oração se podem incorporar num só vocábulo....


Que está em mesóclise (vocábulo)....


vocabular | adj. 2 g.

Relativo a vocábulo....


Que tem acento tónico na sílaba que precede a antepenúltima, no português geralmente por adjunção de pronomes pessoais átonos, como em louvávamos-te (ex.: vocábulo sobresdrúxulo)....


barbarolexia | n. f.

Falsa pronúncia de vocábulo estrangeiro....


chilenismo | n. m.

Vocábulo ou expressão privativa do Chile....


dicção | n. f.

Palavra, vocábulo....


icto | n. m.

A maior intensidade do som para destacar uma sílaba das que constituem o vocábulo ou a frase....


vocábulo | n. m.

Palavra que faz parte de uma língua....


volapuque | n. m.

Língua artificial, inventada em 1879 pelo alemão Johann Martin Schleyer, que a pretendia universal....


hiférese | n. f.

Metaplasmo de subtracção de letras ou fonemas de um vocábulo....


homeoptoto | adj. | n. m.

Designativo dos vocábulos que têm o mesmo prefixo....


onomatomania | n. f.

Dificuldade ou impossibilidade intelectual de recordar-se do vocábulo ou expressão que se procura....


rigor | n. m.

Concisão, exactidão, sentido próprio (da frase ou do vocábulo)....


Acto ou efeito de dar ou adquirir sentido (ex.: processo de semantização; semantização de um vocábulo)....


étimo | n. m.

Vocábulo considerado como origem de outro....


etnónimo | n. m.

Vocábulo indicativo de nomes de povos, tribos, castas, comunidades políticas ou religiosas que possam ser entendidos num sentido étnico....


flexionismo | n. m.

Leis da flexão dos vocábulos....


fonética | n. f.

Parte da linguística que trata dos sons articulados, considerados do ponto de vista físico, acústico e articulatório, como elementos dos vocábulos....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.


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