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sonsas

sonsinho | adj.

Velhaco; solerte; songa....


sorrelfo | adj.

Que não mostra o seu lado verdadeiro....


sengo | adj.

Inteligente; atilado....


socancra | n. 2 g. | adj. 2 g.

Pessoa sonsa ou sovina....


sonsa | n. f.

O mesmo que sonsice....


sonsarrão | n. m.

Muito sonso, muito velhaco....


sonsice | n. f.

Qualidade do que é sonso....


monga | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem é sonso e dissimulado....


sansadurninho | adj. n. m.

Que ou quem é falso ou dissimulado....


sorrelfa | n. f. | adj. 2 g. n. 2 g.

Disfarce ou artifício para enganar....


sotrancão | adj. n. m.

Dissimulado; velhaco; sonso....


songamonga | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem é sonso e dissimulado....


sonso | adj. n. m.

Que ou quem finge ser o que não é....


velhaquete | adj. n. m.

Diz-se de ou indivíduo sonso e um pouco velhaco....


santo | adj. | adj. n. m. | n. m.

Relativo ao culto religioso....


mija-mansinho | adj. 2 g. 2 núm. n. 2 g. 2 núm.

Diz-se de ou o indivíduo sonso ou dissimulado....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.



Como se escreve? Eu não consigo deitar-me cedo. Eu não consigo me deitar cedo. Não consigo perceber se o não está associado ao primeiro ou segundo verbo, pois nos verbos reflexos na negativa os pronomes vêm antes do verbo.
O verbo conseguir, à semelhança de outros verbos como desejar, querer ou tentar, tem algumas propriedades análogas às de um verbo auxiliar mais típico (como o verbo ir, por exemplo). Nestes casos, este verbo forma com o verbo principal uma locução verbal, podendo o clítico estar antes do verbo auxiliar (ex.: eu não me vou deitar cedo; eu não me consigo deitar cedo) ou depois do verbo principal (ex.: eu não vou deitar-me cedo; eu não consigo deitar-me cedo). Isto acontece porque o verbo considerado auxiliar ou semiauxiliar pode formar com o verbo que o sucede uma locução verbal coesa, como se fosse um só verbo (e, nesse caso, o clítico é atraído pela partícula de negação não e desloca-se para antes da locução verbal) ou, por outro lado, o verbo conseguir pode manter algumas características de verbo pleno (e, nesse caso, o clítico me pode manter-se ligado ao verbo principal deitar, de que depende semanticamente). Nenhuma das duas construções pode ser considerada incorrecta, apesar de a segunda ser frequentemente considerada preferencial.

Nesta frase, o marcador de negação (o advérbio não) está claramente a negar o verbo conseguir e é semanticamente equivalente a "eu deito-me tarde, porque não sou capaz de me deitar cedo". Se estivesse a negar o verbo deitar-se (eu consigo não me deitar cedo), teria um valor semântico diferente, equivalente a "eu sou capaz de me deitar tarde", devendo nesse caso o clítico estar colocado antes do verbo deitar.


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