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princípio

abinício | adv.

Desde o princípio; desde que existe o mundo....


aferético | adj.

Resultante de supressão de fonemas ou letras no princípio de uma palavra (ex.: forma aferética)....


começante | adj. 2 g.

Que está no princípio....


Que rege ou se rege pelos princípios da democracia....


elementar | adj. 2 g.

Que diz respeito aos princípios de uma arte ou ciência....


Que está no princípio ou numa fase inicial de desenvolvimento....


incipiente | adj. 2 g.

Que começa; que está no princípio (ex.: os sintomas ainda são incipientes)....


Que só se usa no princípio da frase....


sempiterno | adj.

Que não teve princípio nem há-de ter fim....


Que combina princípios de diversas doutrinas ou de concepções heterogéneas....


larvar | adj. 2 g.

Que está no princípio ou numa fase inicial de desenvolvimento (ex.: guerra larvar)....


rudimentar | adj. 2 g.

Que inclui apenas os princípios mais básicos....


ecológico | adj.

Que respeita princípios ambientais....


inato | adj.

Que não nasceu ou não teve princípio (ex.: divindade inata)....


e.g. | abrev.

Expressão usada para iniciar a exemplificação do que foi exposto, do princípio estabelecido, daquilo que acabou de se afirmar....


ab initio | loc.

Desde o princípio, desde o começo; desde que o mundo é mundo....


Desde o princípio até ao sinal (ex.: repetir da capo al segno)....


Desde o princípio ao fim da refeição; desde o começo até ao fim....




Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Recentemente encontrei uma palavra escrita de duas maneiras diferentes, ambas referentes a um mamífero conhecido: ouriço-cacheiro e ouriço-caixeiro. Gostaria de saber se está correcto utilizar ambas as representações.
A forma correcta é ouriço-cacheiro, uma vez que esta é a designação de várias espécies de pequenos mamíferos que se enrolam quando pressentem perigo, escondendo-se sob os espinhos. A palavra é composta por justaposição do substantivo ouriço e do adjectivo cacheiro, que significa "que se esconde". A forma *ouriço-caixeiro é incorrecta, como indica o asterisco, e resulta da confusão entre as palavras parónimas (têm pronúncia e grafia semelhantes) cacheiro e caixeiro, sendo esta última um substantivo que designa geralmente uma pessoa que efectua vendas ao público ou uma pessoa que fabrica caixas ou que trabalha com elas.

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