Como se pronuncia a letra E quando falamos a, e, i, o, u? a, é ou e, i... E
no alfabeto? A, b, c, d, e ou é... Quando vamos nos referir a
letra e ou é numa palavra, como devemos pronunciar? Por exemplo,
indaguei a um colega quantas letras E deveria colocar na palavra meeting.
Ele me respondeu que não era letra e, mas sim letra é que deveria
empregar. Qual seria a resposta correta?
O nome da letra E deverá ser lido [È]
(este é o símbolo do alfabeto fonético equivalente ao E das palavras pé
ou fera). Quanto à pronúncia
da letra E, ela pode corresponder a vários sons, consoante o contexto e, por
vezes, consoante as características lexicais de cada palavra. Assim, esta letra
pode corresponder à vogal [È] como em pé, fera
ou papel; à vogal [e] como em
dedo, seu ou vê; à vogal
[i] como em e (conjunção) ou eléctrico;
à vogal [i] como em estudante;
à vogal [á]
como em coelho, igreja, senha
ou eira; à semivogal [j] como em área
ou pães.
Da mesma forma, o nome da letra R é erre,
mas não se pronuncia erre numa palavra (pronuncia-se [r] entre vogais,
depois de uma consoante da mesma sílaba ou em final de palavra, como em caro,
cobra ou falar; pronuncia-se [R] em
início de palavra, em início de sílaba ou quando está duplicado como em
rua, palrar, tenro ou carro).
Gostaria de solicitar o esclarecimento de uma dúvida: qual o plural de desvio padrão?
De acordo com alguns dicionários, como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, o substantivo padrão, se se ligar por hífen a outro substantivo (ex.: quilograma-padrão, unidade-padrão), funciona como um determinante específico e deverá ser invariável em número (ex.: quilogramas-padrão, unidades-padrão). Há, no entanto, outra regra que determina que, quando uma palavra hifenizada é composta por dois substantivos, o segundo elemento pode variar em número (ex.: quilogramas-padrões, unidades-padrões) ou manter-se invariável (cf. Nova Gramática do Português Contemporâneo, p.188-189), pelo que é muitas vezes difícil saber qual das duas regras aplicar, já que a definição de determinante específico não é explícita (na maior parte dos casos, o segundo elemento da locução, desde que seja um adjectivo ou um substantivo, funciona como um determinante do primeiro elemento).
Nenhuma destas regras especifica qual o procedimento a adoptar quando se trata de locuções e não de palavras compostas hifenizadas, como é o caso de desvio padrão. De qualquer modo, na ausência de uma regra específica para casos como este, parece ser viável quer a manutenção da invariabilidade do segundo elemento (desvios padrão) quer a flexão em número dos dois elementos (desvios padrões), seguindo-se deste modo o paradigma estabelecido para as palavras hifenizadas compostas por dois substantivos.