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-ol

-ol | suf.

Indica uso ou utilidade (ex.: aranhol; cerol; urinol)....


-ol | suf.

Usa-se na formação de alguns compostos químicos, nomeadamente para os identificar como álcool ou fenol (ex.: etanol; formol; glicol; metanol)....


tintol | n. m.

Vinho tinto....


bolinhol | n. m.

Espécie de pão-de-ló coberto de açúcar....


enol | n. m.

Vinho, considerado como excipiente medicinal....


tersol | n. m.

Toalha de altar usada para o sacerdote enxugar as mãos....


urinol | n. m.

Recipiente adequado para urinar....


linhol | n. m.

Fio grosso para coser calçado, lona, etc....


formol | n. m.

Preparação química usada como anti-séptico e desinfectante....


cortisol | n. m.

Hormona esteróide, com propriedades imunoinibidoras e anti-inflamatórias, produzida pela glândula supra-renal....


reinol | adj. 2 g. | n. 2 g.

Que é próprio do reino....


quinoleína | n. f.

Substância que se extrai do óleo de alcatrão da hulha....


acetol | n. m.

Vinagre puro....


aldol | n. m.

Substância resultante da dimerização de aldeídos, com um agrupamento hidroxilo e outro aldeídico....


aranhol | n. m.

Parte da teia de aranha que serve de reduto ao insecto....


asneirol | n. m.

Grande quantidade de atitudes ou frases disparatadas....


besteirol | n. m.

Género de espectáculo de humor burlesco e por vezes atrevido, que apresenta de forma absurda e ilógica situações políticas e sociais....


castanhol | n. m.

Planta da família das ciperáceas....


cerol | n. m.

Massa de cera, pez e sebo para encerar fios ou linhas....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é o plural de pneumotórax: pneumotóraxes ou pneumotóraces?
A palavra pneumotórax é considerada uma palavra de dois números ou invariável, isto é, o seu plural deverá ser igual ao singular.

Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 180), as palavras paroxítonas ou graves (palavras cujo acento de intensidade recai na penúltima sílaba) terminadas em -x (ex.: clímax, córtex, tórax) são invariáveis em número, seguindo a mesma regra das palavras paroxítonas terminadas em -s (ex.: lápis, oásis). Sendo assim, a sua forma mantém-se inalterada quer estejam no singular (ex.: córtex cerebral, um lápis, o pneumotórax) quer estejam no plural (ex.: córtex cerebrais, dois lápis, os pneumotórax).

Este não é, no entanto, um assunto consensual, havendo dicionários (nomeadamente brasileiros) que registam plural para palavras graves terminadas em -x. O Dicionário Houaiss, por exemplo, na sua edição portuguesa (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) regista córtex e pneumotórax como substantivos invariáveis, enquanto na edição brasileira (Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2001) regista os plurais córtices e pneumotóraces.

Adenda de 15-09-2010: Esta flutuação, principalmente em dicionários e vocabulários brasileiros, parece ser menor a partir da última edição do Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras (5.ª edição, 2009), uma vez que os dicionários brasileiros com edições posteriores registam grande parte destas palavras como substantivos invariáveis, seguindo a opção da Academia Brasileira de Letras (veja-se a edição do Dicionário Houaiss de 2009, por exemplo).




Meia voz ou meia-voz? Nas buscas que fiz encontrei meia voz usado comummente em Portugal e meia-voz usado no Brasil.
O registo lexicográfico não é unânime no registo de palavras hifenizadas (ex.: meia-voz) versus locuções (ex.: meia voz), como se poderá verificar pela consulta de algumas obras de referência para o português. Assim, podemos observar que é registada a locução a meia voz, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001), no Novo Dicionário Aurélio (Curitiba: Editora Positivo, 2004); esta é também a opção do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, na entrada voz. Por outro lado, a palavra hifenizada meia-voz surge registada no Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002).

Esta falta de consenso nas obras lexicográficas é consequência da dificuldade de uso coerente do hífen em português (veja-se a este respeito a Base XV do Acordo Ortográfico de 1990 ou o texto vago e pouco esclarecedor da Base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945 para a ortografia portuguesa). Um claro exemplo da dificuldade de registo lexicográfico é o registo, pelo Grande Dicionário da Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), da locução a meia voz no artigo voz a par do registo da locução a meia-voz no artigo meia-voz.


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