PT
BR
Pesquisar
Definições



pauleira

A forma pauleirapode ser [feminino singular de pauleiropauleiro], [adjectivo de dois géneros e nome femininoadjetivo de dois géneros e nome feminino], [adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros] ou [nome feminino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
pauleirapauleira
( pau·lei·ra

pau·lei·ra

)


nome feminino

1. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Actividade intensa, frenética (ex.: o final do mês vai ser nova pauleira). = AZÁFAMA, CORRERIA, RODA-VIVA

2. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Tumulto em que há agressões físicas (ex.: o comício acabou em pauleira). = PANCADARIA, ZARAGATA


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

3. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Que tem um ritmo muito agitado ou cheio de actividade (ex.: foi uma busca muito pauleira para achar um apartamento).


adjectivo de dois géneros e nome femininoadjetivo de dois géneros e nome feminino

4. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] [Música] [Música] Diz-se de ou estilo musical de volume muito amplificado, com ritmo forte e energético (ex.: rock pauleira; bandas pauleiras; anime o seu treino com pauleiras).

etimologiaOrigem etimológica: pau + -l- + -eira.
pauleiropauleiro
( pau·lei·ro

pau·lei·ro

)


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

1. Que ou quem vive em paul.

2. Relativo a qualquer localidade chamada Paul, ou o seu natural ou habitante.

etimologiaOrigem etimológica: paul + -eiro.
pauleirapauleira

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Pontapé: esta palavra é composta por justaposição ou por aglutinação?
A palavra pontapé é composta por justaposição.

De facto, é possível identificar neste vocábulo as palavras distintas que lhe deram origem – os substantivos ponta e – sem que nenhuma delas tenha sido afectada na sua integridade fonológica (em alguns casos pode haver uma adequação ortográfica para manter a integridade fonética das palavras simples, como em girassol, composto de gira + s + sol. Se não houvesse essa adequação, a palavra seria escrita com um s intervocálico (girasol) a que corresponderia o som /z/ e as duas palavras simples perderiam a sua integridade fonética e tratar-se-ia de um composto aglutinado). Daí a denominação de composto por justaposição, uma vez que as palavras apenas se encontram colocadas lado a lado, com ou sem hífen (ex.: guarda-chuva, passatempo, pontapé).

O mesmo não se passa com os compostos por aglutinação, como pernalta (de perna + alta), por exemplo, cujos elementos se unem de tal modo que um deles sofre alterações na sua estrutura fonética. No caso, o acento tónico de perna subordina-se ao de alta, com consequências, no português europeu, na qualidade vocálica do e, cuja pronúncia /é/ deixa de ser possível para passar à vogal central fechada (idêntica à pronúncia do e em se). Note-se ainda que as palavras compostas por aglutinação nunca se escrevem com hífen.

Sobre este assunto, poderá ainda consultar o cap. 24 da Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira MATEUS, Ana Maria BRITO, Inês DUARTE, Isabel Hub FARIA et al. (5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, 2003), especialmente as pp. 979-980.




Como se lê/escreve a palavra x-acto com o novo acordo ortográfico?

A palavra X-Acto corresponde originalmente a uma marca comercial e é pronunciada correntemente em português como (chizáto), sem articulação do som da consoante -c-. Por se tratar de um nome comercial, e segundo a Base XXI do Acordo Ortográfico de 1990, as regras ortográficas não se aplicam.

Outra grafia para designar o mesmo objecto é xis-acto, que corresponde a uma adaptação aos padrões do português, fenómeno muito comum em aportuguesamentos. Esta forma, que já não corresponde à marca registada, já torna possível a aplicação das novas regras ortográficas (cf. Base IV do Acordo Ortográfico de 1990), o que justifica passar a escrever-se xis-ato com aplicação da nova ortografia.

Tratando-se uma palavra de origem estrangeira, derivada de uma marca comercial, com uma grafia pouco comum no sistema ortográfico do português, não deixa de ser interessante que pesquisas em corpora e em motores de busca revelem ocorrências das formas xizato (em maior número até do que xizacto), o que demonstra a tendência que os falantes sentem de aproximar termos estrangeiros aos padrões da língua portuguesa.

Outros casos de palavras que sofreram o mesmo processo incluem, por exemplo, chiclete, fórmica, gilete, jipe, lambreta, licra, óscar, pírex, polaróide, rímel, tartã ou vitrola. Estas e outras palavras tornaram-se nomes comuns, ainda que originalmente derivadas de marcas comerciais, e integraram-se no sistema da língua com maiores ou menores alterações.