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guerrear

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guerrearguerrear
( guer·re·ar

guer·re·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e intransitivo

1. Fazer guerra contra algo ou alguém. = COMBATER, LUTAR


verbo transitivo e pronominal

2. Estar em oposição ou em conflito. = ENFRENTAR

etimologiaOrigem etimológica:guerra + -ear.

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Traduzir "guerrear" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas


Qual a forma correcta de pronúncia da palavra menu : "ménu" ou "menú"?
Na questão colocada, não está em causa a acentuação (a palavra é sempre acentuada na última sílaba: menu), mas a qualidade da vogal. Por exemplo, uma vogal que corresponde à letra e pode corresponder ao som [È], como em fé, ao som [e], como em dedo, ao som [i], como em de ou medicina, ou ainda ao som [á], como por vezes em coelho.

No português, como regra geral (com muitas excepções), as vogais que não pertencem a uma sílaba tónica são elevadas. Por exemplo, no caso da vogal e nas palavras génio e genial, o som [È] (vogal mais baixa) da palavra nio (com acento tónico em ) passa a pronunciar-se [i] (vogal mais alta) em genial pois a sílaba tónica passou a ser a última genial.

Esta regra geral aplica-se a menu e aí, como a sílaba tónica é nu, a sílaba me pode pronunciar-se [mi]nu, como em de ou medicina, (e é esta a pronúncia registada no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia da Ciências/Verbo e, posteriormente, no Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora). A palavra menu, apesar de já ser usada correntemente em português, é de origem francesa, sendo pronunciada com [i] também nessa língua. Desta forma, não há então motivo fonológico ou etimológico para se pronunciar menu com é aberto.




Existem muitos verbos que usamos como transitivos diretos (ex.: Paula irritou Pedro), mas, quando usados com relação a Deus, sempre aparecem como indiretos (ex.: essa atitude irritou a Deus). Isso é correto?
No exemplo referido e em outros afins, trata-se de uma construção com um verbo considerado transitivo directo, mas usado com um complemento iniciado pela preposição a (que é uma construção típica dos complementos indirectos).

Por este motivo, poderia parecer à primeira vista que se trata de um complemento indirecto, como em ofereceu uma flor a seu pai = ofereceu-lhe uma flor. No entanto, em irritou a Deus, o complemento a Deus só pode ser pronominalizado com o pronome de complemento directo (irritou-O, e não *irritou-Lhe). Estes complementos são por isso habitualmente designados por complementos directos preposicionados.

As construções com complemento directo preposicionado são normalmente descritas pelas gramáticas como ocorrendo "com os verbos que exprimem sentimentos" (Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, pp. 143), mas esta descrição é muito vaga e insuficiente, pois na verdade são construções usadas em contextos muito restritos e pouco usuais, geralmente apenas no discurso religioso. Estas construções ocorrem sobretudo em contextos com verbos como adorar, amar, bendizer, honrar, louvar ou temer e a palavra "deus" como complemento directo (ex.: amar a Deus), mas ocorrem também com outros complementos directos aos quais se dá, de alguma forma, uma relevância reverencial ou respeitosa (ex.: amar ao próximo).

Por outro lado, o conjunto de verbos a que se pode estender este tipo de construção é difícil de delimitar e identificar. O exemplo dado (irritou a Deus) é disso prova, pois o verbo irritar não aparece em gramáticas e dicionários nos exemplários de verbos com este comportamento, mas tem uso efectivo em discursos religiosos e afins.

Mais difícil ainda é delimitar quando é que estas construções se podem estender a outros complementos directos a que se quer dar carácter reverencial, com este ou com outros verbos considerados transitivos directos (por exemplo, se podemos ou não aceitar sem problemas Paula irritou a Pedro ou Paula admoestou a Pedro).

Pelos motivos acima apontados, pode dizer-se que a construção irritou a Deus não pode ser considerada incorrecta, pois segue um paradigma que é comummente aceite para outros verbos. No entanto, se se quiser evitar construções que possam ser polémicas ou questionáveis, o uso desta construção deverá ser limitado aos exemplos tidos como mais comuns (ex.: adorar a Deus, temer a Deus).