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areias

A forma areiaspode ser [feminino plural de réuréu], [segunda pessoa singular do presente do indicativo de areararear], [nome feminino plural] ou [nome feminino].

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areiaareia
( a·rei·a

a·rei·a

)
Imagem

Substância mineral pulverulenta ou granulosa.


nome feminino

1. Substância mineral pulverulenta ou granulosa.Imagem

2. Área coberta por essa substância, geralmente junto ao mar ou rio.Imagem = AREAL, PRAIA

3. [Informal] [Informal] Mania, telha.

4. Limalha.

5. [Culinária] [Culinária] Pequeno bolo ou biscoito de formato redondo, de massa esboroável amarelada, polvilhado de açúcar.

areias


nome feminino plural

6. [Medicina] [Medicina] Grânulos calcários da urina.


areia cega

O mesmo que areia movediça.

areia movediça

Banco de areia fofa saturado de água, que não oferece resistência e onde se pode enterrar tudo o que passa ou se põe sobre ele.

[Figurado] [Figurado] Situação ou problema difícil e perigoso.

areias gordas

O inferno.

escrever na areia

Fazer coisa que não dure.

semear na areia

Trabalhar sem fruto.

etimologiaOrigem etimológica: latim arena, -ae, areia, terreno arenoso, arena, anfiteatro.
aréu1aréu1
( a·réu

a·réu

)


adjectivoadjetivo

Que não sabe o que fazer. = ATRAPALHADO, CONFUSO, HESITANTE

etimologiaOrigem etimológica: talvez de ar + -éu.
vistoFeminino: aréia.
iconFeminino: areia.
aréu2aréu2
( a·réu

a·réu

)


nome masculino

1. [Portugal: Alentejo] [Portugal: Alentejo] Herdeiro.

2. [Portugal: Alentejo] [Portugal: Alentejo] Pequeno proprietário.

etimologiaOrigem etimológica: talvez de heréu, do latim heres, -idis, herdeiro.
vistoFeminino: aréia.
iconFeminino: areia.
réuréu


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

1. Que ou quem é alvo de processo judicial.

2. Que ou quem tem culpa ou é acusado de ter culpa. = CULPADO, RESPONSÁVELINOCENTE


adjectivoadjetivo

3. Que tem má índole. = MALÉVOLOBENÉVOLO


a réu

De seguida; sem interrupção. = A FIO, SEGUIDAMENTE

etimologiaOrigem etimológica: latim reus, rei, uma das partes litigantes.
vistoFeminino: ré.
iconFeminino: ré.
areararear
( a·re·ar

a·re·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Deitar areia em.

2. Limpar com areia e limão.

3. Refinar e reduzir a pó grosso (o açúcar).

4. Corrigir o terreno deitando-lhe areia.


verbo transitivo e intransitivo

5. Cobrir ou cobrir-se com areia.


verbo intransitivo

6. Perder o juízo, o tino.

etimologiaOrigem etimológica: areia + -ar.
iconeConfrontar: ariar.
areiasareias

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Vi hoje na TV (RTP 1 - Falar bem português) que maçapão se escreve com ç e não com ss. No vosso dicionário on-line aparece com o mesmo significado escrito das duas maneiras. Está correcto ou a RTP 1 está errada?
Os dicionários de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, o Dicionário Houaiss ou o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, registam ambas as variantes gráficas (massapão e maçapão). No entanto, de acordo com o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, a variante maçapão deve ser preferível à variante massapão, porque se trata de palavra com origem no castelhano mazapán, que por sua vez derivaria do árabe, o que prescreveria a grafia com ç e não com s duplo.



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.