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abuso

A forma abusopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de abusarabusar] ou [nome masculino].

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abusoabuso
( a·bu·so

a·bu·so

)


nome masculino

1. Acto ou efeito de abusar.

2. Mau uso; uso indevido ou ilegítimo (ex.: abuso da força; abuso de autoridade; abuso de poder).

3. Uso excessivo (ex.: abuso do álcool; abuso de medicamentos). = EXCESSO

4. Falta de moderação ou de comedimento. = DESMANDO, DESREGRAMENTO, INTEMPERANÇA

5. [Brasil] [Brasil] Repugnância causada por alguma comida ou bebida. = ENJOO, FASTIO

6. [Brasil] [Brasil] Pessoa ou coisa que aborrece ou desagrada. = ABORRECIMENTO, MAÇADA, NOJO, TÉDIO

7. Relação sexual forçada. = ESTUPRO, VIOLAÇÃO

etimologiaOrigem etimológica:latim abusus, -us, uso de algo até ao seu esgotamento, consumação completa.

abusarabusar
( a·bu·sar

a·bu·sar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Usar ou consumir de forma excessiva, errada ou inconveniente (ex.: ele abusa dos calmantes).

2. Ter relações sexuais com alguém sem o seu consentimento (ex.: foi acusado de abusar da rapariga).

3. [Brasil] [Brasil] Insultar.


verbo transitivo e intransitivo

4. Agir de forma a servir apenas os próprios interesses, mesmo se prejudicando outrem.

etimologiaOrigem etimológica:latim eclesiástico abusari.

Ver também resposta à dúvida: abusar de / ser abusado.
abusoabuso

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.