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ninharia

bagatelar | adj. 2 g.

Relativo a bagatela ou a ninharia....


Emprega-se para significar que uma pessoa colocada em alta posição não se preocupa com ninharias....


argueiro | n. m.

Bagatela, ninharia....


lambisco | n. m.

Pequena porção de comida....


pada | n. f.

Pão de farinha ordinária....


tuta-e-meia | n. f.

Pouco valor, preço baixo ou pouco dinheiro (ex.: pagou uma tuta-e-meia pelo carro; ficaram com a casa por tuta-e-meia)....


cascavel | n. m. | n. f. | adj. 2 g.

Ninharia, bagatela....


pieguice | n. f.

Preocupação com ninharias....


ridicularia | n. f.

Acto, comportamento ou dito ridículo....


mijinha | n. f.

Ninharia, coisa de somenos....


ninharia | n. f.

Coisa de pouca importância, de pouco valor....


inânia | n. f.

Qualidade de inane....


chorumela | n. f.

Coisa sem importância....


mixaria | n. f.

Coisa sem valor ou importância....


frioleira | n. f.

Objecto de pouco valor ou coisa sem importância....


nonada | n. f.

Coisa de pouca importância, de pouco valor....


ninheiro | adj. n. m.

Que ou quem se preocupa com coisas de pouca importância, com ninharias....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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