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habitação

arborícola | adj. 2 g.

Que vive nas árvores (ex.: primatas arborícolas)....


dióico | adj.

Que tem as flores masculinas e as flores femininas em pés diferentes....


helófito | adj.

Diz-se da planta que habita terrenos encharcados ou inundados....


inabitado | adj.

Que não está habitado....


bifamiliar | adj. 2 g.

Que serve ou pode ser habitado por duas famílias (ex.: moradia bifamiliar)....


monóico | adj.

Que tem num só pé flores dos dois géneros (mas separadas)....


orbícola | adj. 2 g.

Que viaja por toda a parte....


tambeiro | adj.

Diz-se do gado manso que vive perto das habitações....


trióico | adj.

Que apresenta flores femininas, masculinas e hermafroditas em três pés diferentes....


culto | adj.

Que se lavrou ou plantou....


ecuménico | adj.

Relativo ao universo, a toda a terra habitada....


alóbrogo | n. m. | n. m. pl.

Homem grosseiro, muito rústico....


alveário | n. m.

Cavidade natural ou construção que serve de habitação a um grupo de abelhas e onde elas produzem cera e mel....


Indivíduo que toma algo de arrendamento, geralmente uma habitação (ex.: mediação entre proprietários e arrendatários)....


Barbários | n. m. pl.

Povos que habitavam o litoral português, entre o Tejo e o Sado....


barracão | n. m.

Barraca grande, de madeira, coberta de telhado ou de folhas de zinco, para habitação provisória, escritório ou armazém de materiais de construção....



Dúvidas linguísticas



A minha dúvida é a seguinte: qual o antónimo da palavra "antecipar"? Vejo, com alguma frequência, que são utilizadas as palavras "postcipar" ou "postecipar" que, presumo, estarão incorrectas. Se assim for, qual o antónimo correcto?
Como poderá verificar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o verbo antecipar pode ter como antónimos os verbos adiar (ex.: a reunião foi antecipada vs. a reunião foi adiada), atrasar (ex.: a festa antecipou-se vs. a festa atrasou-se), procrastinar (ex.: o ministério antecipou a construção do hospital vs. o ministério procrastinou a construção do hospital), prorrogar (ex.: o prazo de entrega foi antecipado vs. o prazo de entrega foi prorrogado) e retardar (ex.: o concessionário antecipou a entrega do carro vs. o concessionário retardou a entrega do carro). As formas postecipar e postcipar não se encontram registadas em nenhum dos dicionários de língua portuguesa à nossa disposição, pelo que o seu uso é de evitar.



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.


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