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estontear

aturdido | adj.

Atordoado, estonteado, perturbado, maravilhado....


atordoado | adj.

Que perdeu os sentidos, em resultado de pancadas, quedas ou comoção....


estonteado | adj.

Que sente perturbação temporária dos sentidos ou da razão....


zonzo | adj.

Que sente perturbação temporária dos sentidos ou da capacidade intelectual....


almareado | adj.

Que está enjoado, estonteado ou maldisposto....


Que desperta de repente e está estonteado com sono....


tontura | n. f.

Acto ou dito de tonto....


zoina | adj. 2 g. | n. f.

Que sente perturbação temporária dos sentidos ou sente tonturas....


bêbedo | adj. n. m. | adj. | n. m.

Que ou quem ingeriu bebida alcoólica em excesso; que ou quem está embriagado....


tonto | adj. n. m. | adj.

Que ou quem tem dificuldades no raciocínio ou enfraquecimento das faculdades intelectuais....


tonteira | n. f.

Acto ou dito de tonto....


ourado | adj.

Que se ourou ou entonteceu; que tem oura (ex.: saiu do barco muito ourado; sentia a cabeça ourada)....


almarear | v. intr.

Ficar enjoado ou estonteado....


atarantar | v. tr. | v. pron.

Causar atarantação a; estontear....


atordoar | v. tr. e pron. | v. tr.

Causar ou sentir perturbação nas funções do cérebro, com abalo ou suspensão momentânea nos sentidos....



Dúvidas linguísticas



Escreve-se interdisciplinaridade ou interdisciplinariedade? Também tenho dúvidas se devo escrever pré-estabelecidas ou preestabelecidas.
A forma correcta é interdisciplinaridade, como poderá confirmar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Esta palavra resulta da aposição do prefixo inter- ao substantivo disciplinaridade, que, por sua vez, deriva da junção do sufixo -idade ao adjectivo disciplinar. A terminação -iedade não é um sufixo produtivo em português, pelo que a forma *interdisciplinariedade não se considera bem formada; as palavras terminadas em -iedade resultam normalmente da aposição do sufixo -edade a um adjectivo com a terminação átona -io (ex.: arbitrário > arbitrariedade; solidário > solidariedade) ou derivam directamente do latim (ex.: propriedade < latim proprietatis; variedade < latim varietatis).

Os dicionários de língua portuguesa registam as formas preestabelecer e preestabelecido, sem hífen, pois na sua formação está presente o prefixo pre-, com o qual nunca se usa hífen para fazer a separação do elemento posterior (ex.: prealegar, predefinição, preexistente). Este prefixo está relacionado com o sufixo pré-, que, segundo o Acordo Ortográfico, na base XXIX, exige sempre a utilização do hífen por se tratar de um prefixo com acentuação gráfica (ex.: pré-escolar, pré-histórico, pré-molar).




Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.

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