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Enuncio

Enunciado sob a forma interrogativa....


ou | conj.

Indica alternativa ou opcionalidade (ex.: ver um filme ou ler um livro)....


Diz-se do enunciado que pode ser considerado verdadeiro ou falso....


Que realiza ou pretende realizar uma acção com um enunciado linguístico (ex.: "prometo fazer isto" é um acto ilocutório)....


Que exerce ou pretende exercer um efeito sobre um interlocutor com um enunciado linguístico (ex.: "pare imediatamente com isso" é um acto perlocutório)....


Que realiza ou pretende realizar uma acção com um enunciado linguístico....


Máxima política enunciada por Maquiavel e que se tornou a divisa de Luís XI e Catarina de Médicis....


Relativo à emissão de um enunciado linguístico....


Que exerce ou pretende exercer um efeito sobre um interlocutor com um enunciado linguístico....


locutivo | adj.

Relativo à emissão de um enunciado linguístico....


ilocutivo | adj.

Que realiza ou pretende realizar uma acção com um enunciado linguístico....


Que não se declarou ou enunciou de modo perfeito ou literal; que tem ambiguidades ou suscita dúvidas (ex.: hostilidade inexplícita; princípio inexplícito)....


falante | adj. 2 g. | n. 2 g.

Que fala....


jargonafasia | n. f.

Tipo de afasia sensorial em que o doente diz palavras e enunciados incompreensíveis....


endófora | n. f.

Processo de repetição ou de antecipação de informação através de uma unidade linguística cuja referência representa semanticamente um sintagma que surge no mesmo texto ou enunciado (ex.: há endófora em "o presidente já chegou, mas não o quero incomodar" ou em "detesto isto: ele toma as decisões e só depois nos informa")....


asserção | n. f.

Proposição que se julga verdadeira....


comentário | n. m. | n. m. pl.

Nota ou apontamento com que se aclara um texto....



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Qual a diferença entre o numeral catorze e quatorze e porquê a diferença da escrita com o mesmo significado?
Não existe nenhuma diferença de significado entre catorze e quatorze, apenas uma diferença de adequação à realização fonética dessas palavras (a sílaba ca- de catorze pronuncia-se como a primeira sílaba de cavalo e a sílaba qua- de quatorze como a primeira sílaba de qualidade).

Ambas as palavras derivam do latim quattuordecim, mas a forma catorze sofreu a supressão de um fonema no interior da primeira sílaba (fenómeno a que se dá o nome de síncope).


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