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Gaiola

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gaiolagaiola
|ó| |ó|
( gai·o·la

gai·o·la

)
Imagem

Estrutura com grades em que se encerram aves ou outros animais.


nome feminino

1. Estrutura com grades em que se encerram aves ou outros animais.Imagem

2. Prisão de feras. = JAULA

3. [Tauromaquia] [Tauromaquia] Espécie de jaula para transportar touros.

4. [Tauromaquia] [Tauromaquia] Lugar anexo à praça de touros em que estes se guardam antes da corrida. = CURRO, TOURIL

5. Grade em que se transportam móveis ou outros materiais ou mercadorias.

6. [Desporto] [Esporte] Estrutura de protecção para o lançamento do disco ou do martelo.

7. [Construção] [Construção] Armação que constitui a estrutura de um edifício (ex.: gaiola de betão armado; gaiola em madeira).

8. [Informal] [Informal] Estabelecimento prisional. = CADEIA, PRISÃO

9. [Informal] [Informal] Casa pequena. = CASINHOLA

10. [Brasil] [Brasil] [Náutica] [Náutica] Pequeno navio do Pará e Amazonas.


gaiola pombalina

[Construção] [Construção]  Sistema de construção com resistência anti-sísmica com uma estrutura de madeira nas paredes de alvenaria, utilizado na reconstrução da Baixa da cidade de Lisboa após o terramoto de 1755.

etimologiaOrigem etimológica:latim caviola, -ae, diminutivo de cavea, -ae, cavidade, jaula, gaiola.

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Traduzir "Gaiola" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Gostaria de saber se a utilização do verbo "comer" como substantivo, em vez do mais comum "comida" pode ser considerada correcta, por exemplo nas seguintes expressões: "o comer está óptimo" ou "vou preparar o comer"
Não há nenhuma incorrecção nas frases o comer está óptimo ou vou preparar o comer, mas o substantivo comer é por vezes considerado como sendo próprio de um registo de língua informal.

Este tipo de derivação por mudança de categoria gramatical sem alteração da forma (neste caso obtém-se um substantivo a partir de um verbo) denomina-se conversão ou derivação imprópria (por não ter a junção de afixos) e é muito usual na língua (ex.: o saber não ocupa lugar, achava interessante o falar do ancião).