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Falho

A forma Falhopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de falharfalhar] ou [adjectivoadjetivo].

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falhofalho
( fa·lho

fa·lho

)


adjectivoadjetivo

1. Que tem falha, fenda (ex.: terrina falha). = FALHADO, FENDIDO

2. Que tem falta de alguma coisa (ex.: falho de encomendas; falhos de coragem). = FALTO, CARECIDO

4. [Jogos] [Jogos] Que tem poucas cartas de um naipe (ex.: falho em ouros).

5. [Numismática] [Numismática] Que não tem o peso legal (ex.: moedas falhas).

falharfalhar
( fa·lhar

fa·lhar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Fazer falhas em; rachar, fender.

2. Não acertar em.

3. Não despedir ou não atirar convenientemente.

4. Não se aproveitar a tempo; perder.


verbo intransitivo

5. Rachar-se, fender-se.

6. Não produzir o efeito desejado.

7. Gorar.

8. Errar, não acertar no alvo.

9. Negar fogo.

10. Dar em falso.

11. Não se realizar.

12. Faltar; ter quebra (no peso ou na medida).

FalhoFalho

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Dúvidas linguísticas



Tenho sempre uma dúvida: utiliza-se crase antes de pronomes demonstrativos como esse, essa, esta, este?
A crase é a contracção de duas vogais iguais, sendo à (contracção da preposição a com o artigo definido a) a crase mais frequente. Para que se justifique esta crase é necessário que haja um contexto em que estejam presentes a preposição a e o artigo a (ex.: A [artigo] menina estava em casa; Entregou uma carta a [preposição] uma menina; Entregou uma carta à [preposição + artigo] menina). Ora, os pronomes demonstrativos não coocorrem com preposições (ex.: Esta menina estava em casa; *A [artigo] esta menina estava em casa; Entregou a carta a [preposição] esta menina; *Entregou a carta à [preposição + artigo] esta menina; o asterisco indica agramaticalidade), pelo que não poderá haver crase antes de artigos demonstrativos, mas apenas a ocorrência da preposição, quando o contexto o justifique.

Além do que foi dito acima, é de referir que pode haver crase com um artigo demonstrativo começado por a- (ex.: Não prestou atenção àquilo [preposição a + pronome demonstrativo aquilo]), mas trata-se da contracção da preposição a com a primeira vogal do pronome demonstrativo (ex.: àquele, àqueloutro, àquilo).




Seríssimo ou seriíssimo?
Ambas as formas seríssimo e seriíssimo podem ser consideradas correctas como superlativo absoluto sintético do adjectivo sério.

O superlativo absoluto sintético simples, isto é, o grau do adjectivo que exprime, através de uma só palavra, o elevado grau de determinado atributo, forma-se pela junção do sufixo -íssimo ao adjectivo (ex.: altíssimo).

No caso de grande número de adjectivos terminados em -eio e em -io, a forma gerada apresenta geralmente dois ii, um pertencente ao adjectivo, o outro ao sufixo (ex.: cheiíssimo, feiíssimo, maciíssimo, vadiíssimo).

Há alguns adjectivos, porém, como sério, que podem gerar duas formas de superlativo absoluto sintético: seriíssimo ou seríssimo. No entanto, como é referido por Celso Cunha e Lindley Cintra na sua Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 260), parece haver uma maior aceitação das formas com apenas um i: “Em lugar das formas superlativas seriíssimo, necessariíssimo e outras semelhantes, a língua actual prefere seríssimo, necessaríssimo, com um só i”. O mesmo sucede com necessário, ordinário, precário ou sumário, por exemplo.