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reconstituir

otoplastia | n. f.

Reconstituição cirúrgica da orelha destruída....


protolíngua | n. f.

Língua que terá estado na origem de uma família de línguas, geralmente reconstituída a partir das línguas que dela terão derivado....


estereofonia | n. f.

Técnica da reprodução, gravação ou transmissão dos sons, caracterizada pela reconstituição espacial das fontes sonoras, com o efeito de relevo acústico....


indo-europeu | n. m. | adj.

Língua que terá estado na origem da maioria das línguas da Europa e da Ásia central, reconstituída pelos filólogos a partir das línguas a que terá dado origem....


Ambiente antigo, existente em determinado período geológico (ex.: reconstituição do paleoambiente)....


paleoclima | n. m.

Clima predominante em determinado período geológico, reconstituído e estudado a partir de fenómenos biológicos e geológicos....


neuroplastia | n. f.

Cirurgia plástica que visa reconstituir nervos....


spot | n. m.

Pequeno elemento da imagem a transmitir pela televisão, ou da imagem a reconstituir....


proto-indo-europeu | n. m. | adj.

Reconstituição da língua que terá estado na origem da maioria das línguas da Europa e da Ásia central, feita a partir das línguas a que terá dado origem....


rinoplastia | n. f.

Cirurgia plástica que visa reconstituir, corrigir ou alterar o nariz....


articular | v. tr. | v. intr.

Reconstituir a articulação desconjuntada....


recapear | v. tr.

Reconstituir o pavimento de estrada, caminho, etc....


repavimentar | v. tr.

Reconstituir o pavimento de estrada, caminho, etc....


repor | v. tr. | v. pron.

Reconstituir-se; melhorar....


restituir | v. tr. | v. tr. e pron. | v. pron.

Devolver o que foi tomado ou o que se possui indevidamente....


descomprimir | v. tr.

Reconstituir informação que foi reduzida de maneira a ocupar menos espaço no suporte físico....


crime | n. m. | adj. 2 g.

Qualquer violação muito grave de ordem moral, religiosa ou civil, punida pelas leis....



Dúvidas linguísticas



Deve-se escrever colete em seda vermelha ou colete em seda vermelho?
As duas possibilidades estão correctas; na primeira o adjectivo vermelho qualifica e concorda com o substantivo feminino seda, enquanto na segunda qualifica e concorda com o substantivo masculino colete.



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.


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