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ocular

intra-ocular | adj. 2 g.

Relativo ao interior do olho (ex.: pressão intra-ocular)....


megassemo | adj.

Que tem grande órbita ocular....


mesossemo | adj.

Cuja órbita ocular é de medianas dimensões....


monocular | adj. 2 g.

Relativo a um só olho....


microssemo | adj.

Que tem pequena órbita ocular....


subocular | adj. 2 g.

Que está situado abaixo dos olhos (ex.: sulco subocular)....


ocelar | adj. 2 g.

Relativo aos olhos....


sacádico | adj.

Diz-se de um movimento brusco e rápido (ex.: movimento ocular sacádico)....


periocular | adj. 2 g.

Que ocorre ou se localiza à volta do olho (ex.: edema periocular; região periocular)....


De modo ocular (ex.: não testemunhou ocularmente o acontecido)....


exoftalmia | n. f.

Saliência exagerada do globo ocular....


facoscopia | n. f.

Exploração subjectiva ou pessoal dos meios do globo ocular....


lacrimal | adj. 2 g. | n. m.

Pequeno osso semelhante a uma unha, na parte ântero-inferior da órbita ocular....


miopia | n. f.

Imperfeição ocular que só deixa ver os objectos a pequena distância do olho....


pterígio | n. m.

Doença ocular caracterizada no seu início por um espessamento do tecido da conjuntiva que se desenvolve geralmente a partir do ângulo interior do olho....


simbléfaro | n. m.

Reunião, mais ou menos completa, da pálpebra com o globo ocular....


ortóptica | n. f.

Ramo da oftalmologia que estuda os desvios e as perturbações oculares e a reeducação dos olhos para a sua correcção....


enoftalmia | n. f.

Afundamento do globo ocular na órbita....



Dúvidas linguísticas



Qual destas frases está correcta: «Ele assegurou-me que viria» ou «Ele assegurou-me de que viria»? Li que o verbo "assegurar" é regido pela preposição "de" quando é conjugado pronominalmente; no entanto, só me soa bem dessa forma quando ele é conjugado reflexivamente, como em "Eles asseguraram-se de que não eram seguidos". Afinal, como é que é? Obrigada.
Os dicionários que registam as regências verbais, como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa ou o Dicionário sintáctico de verbos portugueses, estipulam que o verbo assegurar é regido pela preposição de apenas quando usado como pronominal (ex.: quando saiu de casa assegurou-se de que as janelas estavam fechadas). Para além do uso pronominal, o verbo assegurar pode ainda ser transitivo directo ou bitransitivo, isto é, seleccionar complementos não regidos por preposição (ex.: os testes assegurariam que o programa iria funcionar sem problemas; o filho assegurou-lhe que iria estudar muito).

Este uso preposicionado do verbo assegurar na acepção pronominal nem sempre é respeitado, havendo uma tendência generalizada para a omissão da preposição (ex.: quando saiu de casa assegurou-se que as janelas estavam fechadas). O fenómeno de elisão da preposição de como iniciadora de complementos com frases finitas não se cinge ao verbo assegurar, acontecendo também com outros verbos, como por exemplo aperceber (ex.: não se apercebeu [de] que estava a chover antes de sair de casa) ou esquecer (ex.: esquecera-se [de] que havia greve dos transportes públicos).




Qual a forma correcta para as seguintes expressões (de ou em): saia de/em ganga; colete de/em seda; camisa de/em algodão.
Do ponto de vista linguístico, as expressões apontadas (saia em ganga ou saia de ganga, colete em seda ou colete de seda, camisa em algodão ou camisa de algodão) estão correctas, pois ambas as preposições de ou em podem ser utilizadas para indicar a matéria que constitui algo. Esta informação sobre o uso das preposições nestas expressões pode ser atestada em obras de referência para o português, nomeadamente em dicionários gerais de língua como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001) ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004).

Alguns autores, por vezes denominados puristas da língua, consideram erróneo o uso da preposição em para indicar matéria, com o único argumento de que se trata de uma construção típica do francês. Sendo o francês uma língua românica como o português, esta comparação parece ser insuficiente para desaconselhar o seu uso. A par deste facto, esta utilização da preposição em tem curso generalizado em português, como se pode verificar pela pesquisa em corpora ou em motores de busca da internet.

A este respeito, veja-se a informação veiculada pela Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo BECHARA (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, pp. 315-316), que refere o uso da preposição em para denotar estado, qualidade ou matéria (com os exemplos General em chefe. Ferro em brasa. Imagem em barro. Gravura em aço), informando em observação que “tem-se, sem maior exame, condenado este emprego da preposição em como galicismo”.

Adicionalmente, a utilíssima Gramática Descriptiva de la Lengua Espanõla da Real Academia Española, dirigida por Ignacio BOSQUE e Violeta DEMONTE (Madrid: Espasa, 1999), depois de considerar que a preposição en, equivalente à preposição em portuguesa, pode indicar conceitos de formato, preço, especialidade, aspecto ou matéria, apresenta uma observação que se aplica igualmente em português: “El uso de en para denotar materia no es el más normal en español. Esta noción corresponde a la preposición de, es decir, que hablaremos de un vestido de lana, una estatua de bronce, un cubo de plástico, mas bien que de un vestido en lana, etc. No obstante, en algunos casos, por motivos de claridad, será conveniente el empleo de en, como botella de un litro en plástico, bolsa para la compra en nylon, etc.” (vol. 1, 10.8.3, p. 672-673).


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