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vir

A forma virpode ser [primeira pessoa singular do futuro do conjuntivo de verver], [terceira pessoa singular do futuro do conjuntivo de verver], [verbo copulativo], [verbo intransitivo], [verbo pronominal], [verbo transitivo e intransitivo], [verbo transitivo, intransitivo e pronominal] ou [verbo transitivo].

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virvir
Conjugação:irregular.
Particípio:irregular.


verbo transitivo, intransitivo e pronominal

1. Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).IR


verbo transitivo

2. Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).

3. Derivar (ex.: o tofu vem da soja).

4. Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).

5. Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina). = PROVIR

6. Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).

7. Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).

8. Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).

9. Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).

10. Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).

11. Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).

12. Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).


verbo transitivo e intransitivo

13. Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram). = COMPARECER


verbo intransitivo

14. Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).

15. Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).

16. Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).

17. Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).

18. Surgir (ex.: a chuva veio em força).

19. Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio). = IRROMPER

20. Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).


verbo copulativo

21. Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).


verbo pronominal

22. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa). = GOZAR


vir abaixo

Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão). = IR ABAIXO

etimologiaOrigem etimológica:latim venio, -ire, vir, chegar, cair sobre, avançar, atacar, aparecer, nascer, mostrar-se.
Ver também resposta à dúvida: vir-se.
verver
|ê| |ê|
Conjugação:irregular.
Particípio:irregular.


verbo transitivo

1. Exercer o sentido da vista sobre.

2. Olhar para.

3. Presenciar, assistir a.

4. Avistar; enxergar.

5. Encontrar, achar, reconhecer.

6. Observar, notar, advertir.

7. Reparar, tomar cuidado em.

8. Imaginar, fantasiar.

9. Calcular, supor; ponderar, inferir, deduzir.

10. Prever.

11. Visitar.

12. Escolher.

13. Percorrer.

14. Provar.

15. Conhecer.


verbo pronominal

16. Olhar-se.

17. Encontrar-se.


nome masculino

18. Parecer; juízo; opinião (ex.: no ver dele, isto é inadmissível).

19. O acto de ver.


a meu ver

Na minha opinião.

até mais ver

Fórmula de despedida usada quando se pensa ou espera voltar a ver a(s) pessoa(s) a quem é dirigida. = ATÉ À VISTA, ATÉ MAIS

a ver vamos

Expressão usada para indicar que se espera ou se deve esperar pelo desenrolar dos acontecimentos.

ver-se e desejar-se

Estar muito aflito, muito embaraçado (ex.: o tenista viu-se e desejou-se para ganhar ao adversário).

etimologiaOrigem etimológica:latim video, -ere.
Ver também resposta à dúvida: ter a ver com / ter a haver.

Auxiliares de tradução

Traduzir "vir" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



No vosso conversor para a nova ortografia, e em muitas respostas a dúvidas, utilizam a expressão "português europeu", por oposição a português do Brasil ou português brasileiro. Tenho visto noutros sítios a expressão português luso-africano. Não será mais correcta?
Como qualquer língua viva, o português não é alheio à variação linguística e contém diferentes variantes e variedades, nomeadamente a nível geográfico, social e temporal. O português falado em Portugal continental e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores é designado por variedade europeia ou português europeu (ou ainda português de Portugal) e abrange inúmeros dialectos (divididos ou agrupados segundo características comuns). Esta designação de português europeu é frequentemente contraposta à de português do Brasil (ou português brasileiro ou americano), por serem as variedades do português mais estudadas e alvo de descrição linguística. Alguns dialectos do português de Angola e do português de Moçambique dispõem já de descrições e estudos, mas ainda sem muita divulgação fora do âmbito académico.

A designação de português luso-africano é, do ponto de vista linguístico, incorrecta, uma vez que as características do português de Portugal, como sistema linguístico, são diferentes das características do português falado em cada um dos países africanos de língua oficial portuguesa (nomeadamente do português de Angola, do português de Cabo Verde, do português da Guiné-Bissau, do português de Moçambique ou do português de São Tomé e Príncipe) ou de outros países (como Timor-Leste) ou territórios onde se fale o português. O único ponto em que poderá haver uma designação que indique uma aproximação luso-africana é exclusivamente em termos de norma ortográfica. Ainda assim, as práticas ortográficas divergem amiúde, principalmente no uso do apóstrofo em contextos não previstos no texto do Acordo Ortográfico de 1990 e das letras k, w e y em nomes comuns e não exclusivamente em nomes próprios ou derivados de nomes próprios estrangeiros. No que diz respeito ao léxico, à fonética ou à sintaxe, trata-se de variedades e normas com traços característicos que as distinguem.

Como as ferramentas linguísticas da gama FLiP não se limitam ao campo estrito da ortografia, mas ao processamento do português como língua natural, a Priberam não adopta o adjectivo luso-africano para qualificar português, variedade, norma ou palavra afim. Esta foi também, aparentemente, a opção da redacção do Acordo Ortográfico de 1990, onde é usada, na "Nota Explicativa", ponto 5.1, a expressão "português europeu" ("Tendo em conta as diferenças de pronúncia entre o português europeu e o do Brasil, era natural que surgissem divergências de acentuação gráfica entre as duas realizações da língua.").




Como se escreve: "boas festas a todos os seguidores" ou "boas-festas a todos os seguidores"?
Como o contexto que refere não é suficientemente esclarecedor, ambas as grafias, boas festas e boas-festas, estão correctas; os seus usos e funções é que são distintos.

Regra geral, expressões de votos escrevem-se sem hífen:
1. a) Já começaram a jantar? Bom apetite.
b) Boa viagem e boas férias.
c) Se não nos virmos antes, Bom Natal e Bom Ano.
d) Bom feriado! Aproveite para descansar.
e) Obrigada pelo convite mas acabei de lanchar. Bom proveito!

O mesmo acontece com os cumprimentos e saudações:
2. a) Bom dia. Como tem passado?
b) Boa tarde, meninos.
c) Então, boa noite e até amanhã.

No entanto, enquanto substantivos designativos desses cumprimentos, as formas de 2) são escritas com hífen:
3. a) Chega sempre com um bom-dia sorridente.
b) Que boa-tarde sisudo foi esse?
c) Deixo um boa-noite caloroso a todos os ouvintes.

O par boas festas/boas-festas tem um comportamento semelhante, podendo ser interjeição ou substantivo, de acordo com o contexto em que essas expressões são usadas. Quando se pretende cumprimentar e expressar votos de felicidade no Natal e no Ano Novo, usa-se a locução, escrita sem hífen: Boas festas a todos os seguidores. Quando a expressão é usada como substantivo, escreve-se com hífen: Aproveito para estender as minhas sinceras boas-festas a todos os seguidores.