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tu

A forma tupode ser [segunda pessoa singular de EuEu], [adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros] ou [pronome pessoal de dois géneros].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
tu1tu1


pronome pessoal de dois géneros

1. Pronome da 2.ª pessoa do singular, dos dois géneros, geralmente com função de sujeito (ex.: tu és alto), predicativo do sujeito (ex.: gostava de ser tu), vocativo (ex.: ó tu, vem cá) ou ainda em complementos regidos por preposições como afora, fora, excepto, menos, salvo, senão e tirante (ex.: quem, senão tu, me faria isto?).


tratar por tu

Empregar as palavras tu, te, ti, contigo, falando a uma pessoa, geralmente em sinal de familiaridade.

tu cá, tu lá

Com grande familiaridade.

etimologiaOrigem etimológica:latim tu.
Confrontar: to.
tu2tu2


adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

O mesmo que bantu.

Confrontar: to.
eu1eu1


pronome pessoal de dois géneros

1. Primeira pessoa do singular gramatical, geralmente com funções de sujeito ou de predicativo do sujeito; a minha pessoa.


nome masculino

2. Personalidade ou individualidade de um ser humano.

3. Pessoa ou entidade que fala, que escreve ou que enuncia o discurso (ex.: estamos perante um eu autobiográfico).

4. [Psicologia] [Psicologia] Na teoria freudiana, a personalidade psíquica do indivíduo, de que este está consciente e que exerce a função de controlo sobre o seu comportamento. = EGO

5. [Filosofia] [Filosofia] O ente consciente ou pensante; a consciência.


eu lírico

[Literatura] [Literatura]  Voz que se exprime no discurso de um texto poético, geralmente na primeira pessoa do singular, e que deve distinguir-se do autor. = EU POÉTICO, SUJEITO POÉTICO

eu poético

[Literatura] [Literatura]  O mesmo que eu lírico.

vistoNota: como substantivo, admite o plural eus.
etimologiaOrigem etimológica:latim ego, eu.
iconNota: como nome, admite o plural eus.
Eu2Eu2


símbolo

[Química] [Química] Símbolo químico do európio.

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Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Nota-se hoje alguma tendência para se inutilizar as regras do discurso indirecto. Nos textos jornalísticos sobretudo, hoje quase que ninguém mais respeita os comandos gramáticos regedores do discurso indirecto. Muitos inclusive argumentam tratar-se de normas "ultrapassadas". Daí vermos frequentemente frases do tipo O ministro X prometeu que o seu governo vai/irá cumprir os prazos/irá cumprir, ao invés de ia/iria cumprir, como manda a Gramática conhecida até hoje. De que lado estará então a correcção? Ou seja, as normas do discurso indirecto enunciadas nas diferentes gramáticas ainda valem ou deixaram de valer?
As chamadas regras para transformar o discurso directo em discurso indirecto mantêm-se, e têm na Nova Gramática do Português Contemporâneo (14.ª ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, pp. 629-637) uma sistematização bastante completa.
No entanto, o discurso indirecto livre parece estar a ser cada vez mais usado na imprensa, consciente ou inconscientemente.

Esta forma de discurso é muito usada na oralidade e em textos literários que pretendem diminuir a distância entre o narrador e o discurso relatado e tem como característica exactamente a fusão do discurso directo com o discurso indirecto.
Disso é exemplo a frase apontada (O ministro X prometeu que o seu governo vai/irá cumprir os prazos), em que o início tem claramente características de discurso indirecto, como o enunciado na 3.ª pessoa (O ministro X prometeu) ou a oração subordinada integrante dependente de um verbo que indica declaração ou afirmação (prometeu que), e a segunda parte tem claramente características de discurso directo, como o tempo verbal no presente ou no futuro (o seu governo vai/irá cumprir) em vez de no pretérito imperfeito ou no condicional, como seria normal no discurso indirecto (o seu governo ia/iria cumprir).

Para melhor exemplificar a noção de discurso indirecto livre, por contraste com o discurso directo e com o discurso indirecto, colocamos as três frases a seguir.

Discurso directo: O meu governo vai cumprir os prazos.
Discurso indirecto: O ministro X prometeu que o seu governo ia cumprir os prazos.
Discurso indirecto livre: O ministro X prometeu que o seu governo vai cumprir os prazos.




Como devo falar ou escrever: "o Departamento a que pertence o funcionário" ou "o Departamento ao qual pertence o funcionário".
Nenhuma das expressões que refere está incorrecta, uma vez que, em orações subordinadas adjectivas relativas, o pronome relativo que pode, de uma maneira geral, ser substituído pelo seu equivalente o qual, que deverá flexionar em concordância com o género e número do antecedente (ex.: os departamentos aos quais pertence o funcionário). No caso em questão, o pronome relativo tem uma função de objecto indirecto do verbo pertencer, que selecciona complementos iniciados pela preposição a, daí que os pronomes que e o qual estejam antecedidos nestas expressões por essa preposição (a que e ao qual).

É de notar que a utilização da locução pronominal o qual e das suas flexões não deve ser feita quando se trata de uma oração relativa adjectiva restritiva que não é iniciada por preposição, isto é, quando a oração desempenha a função de um adjectivo que restringe o significado do antecedente (ex.: o departamento [que está em análise = analisado] vai ser reestruturado; *o departamento o qual está em análise vai ser reestruturado [o asterisco indica agramaticalidade]).