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escuro

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escuroescuro
( es·cu·ro

es·cu·ro

)


adjectivoadjetivo

1. Em que não há claridade ou luz suficiente (ex.: noite escura; quarto escuro). = OBSCURO, SOMBRIO, TENEBROSOCLARO, ILUMINADO

2. Que não deixa ver bem (ex.: água escura; vidros escuros). = TURVOCLARO, LÍMPIDO, TRANSLÚCIDO, TRANSPARENTE

3. Que se ouve ou distingue mal. = SUMIDOCLARO, DISTINTO

4. De cor muito carregada ou muito intensa, aproximando-se do preto (ex.: roupa escura; tom escuro de cinza).CLARO

5. Que é negro, mulato, muito moreno ou de tonalidade pouco clara (ex.: olhos escuros; pele escura).

6. Que é difícil de perceber. = COMPLICADO, CONFUSO, INTRINCADO, HERMÉTICO, MISTERIOSO, OBSCUROCLARO, INTELIGÍVEL, TRANSPARENTE

7. Que deixa dúvidas em relação à legalidade (ex.: anda metido em negócios escuros). = ESCUSO, OBSCURO, SUSPEITO, SUSPEITOSOLEGAL, LÍCITO

8. Que mostra tristeza ou negatividade (ex.: escreveu textos bastante escuros). = DESDITOSO, LÚGUBRE, SOMBRIO, TENEBROSO, TRISTE, TRISTONHOALEGRE, FELIZ, FESTIVO

9. Que tem mau carácter. = VILILUSTRE, ÍNCLITO, NOTÁVEL, PRECLARO


nome masculino

10. Parte menos iluminada de um espaço, de um objecto, de um quadro.CLARO

11. Ausência de luz ou de claridade. = CALIGEM, ESCURIDÃO, SOMBRA, TREVA

12. Ausência de informação ou de conhecimentos. = DESCONHECIMENTO, IGNORÂNCIA


no escuro

Sem saber como agir ou como lidar com algo. = ÀS ESCURAS

Sem conhecimento; na ignorância. = ÀS ESCURAS

etimologiaOrigem etimológica:latim obscurus, -a, -um.

Auxiliares de tradução

Traduzir "escuro" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber como se emprega ...asse ou ...-se.
A questão que nos coloca parece dizer respeito à diferença entre 1) as formas da primeira e terceira pessoas do singular do pretérito imperfeito do conjuntivo (ou subjuntivo, no Brasil) de verbos de tema em -a- (ex.: lavar - Se eu lavasse o casaco com água, ele estragava-se) e em -e- (ex.: comer - Esperava que ele comesse a sopa toda; Não queria que ele vendesse a casa) e 2) as formas da terceira pessoa do singular do presente do indicativo dos mesmos verbos, seguidas do pronome pessoal átono se (ex.: Ele lava-se todos os dias; Come-se bem neste restaurante; Vende-se este carro).

Os exemplos acima indicados (lavasse/lava-se; comesse/come-se e vendesse/vende-se) são formas parónimas, isto é, escrevem-se e pronunciam-se de forma semelhante (mas não igual), tendo, porém, significados diferentes.

Uma estratégia importante para empregar correctamente estas formas diferentes é analisar o contexto em que estão inseridas. Vejamos então os contextos do conjuntivo de 1) e do pronome pessoal de 2):

1) O pretérito imperfeito do conjuntivo é um tempo verbal usado para expor um desejo/pedido num tempo passado ou atemporal (ex.: Esperava que ele comesse a sopa toda; Não queria que ele vendesse a casa) ou uma possibilidade/hipótese no passado ou num momento atemporal (ex.: Se eu gostasse de viajar, já a tinha visitado; Pediu-lhe para não conduzir, caso bebesse). Trata-se sempre, nestes casos, de uma palavra só, pois corresponde apenas a uma forma verbal.
Do ponto de vista da pronúncia, estas formas verbais têm sempre o acento tónico da palavra na penúltima sílaba (ex.: bebesse, comesse, gostasse, vendesse).

2) As formas da terceira pessoa do singular do presente do indicativo seguidas do pronome pessoal átono se podem corresponder a 3 tipos de estruturas diferentes. Trata-se sempre, em qualquer destes três casos, de duas palavras, um verbo no presente do indicativo e um pronome pessoal.
Do ponto de vista da pronúncia, e também nestes três casos, estas formas verbais têm sempre o acento tónico da palavra na penúltima sílaba (ex.: bebe, come, gosta, vende), mas como há um pronome pessoal átono a seguir, é como se a construção verbo+pronome fosse uma palavra só, acentuada sempre na antepenúltima sílaba (ex.: bebe-se, come-se, gosta-se, vende-se).

As três estruturas pronominais diferentes são as seguintes:
2.1) Forma da terceira pessoa do indicativo seguida de um pronome pessoal átono reflexo se. Neste caso, o sujeito faz uma acção sobre si próprio (ex.: Ele lava-se todos os dias.).
Para nunca confundir esta construção com formas do pretérito imperfeito do conjuntivo, poderá, no mesmo contexto e com o mesmo sentido, substituir o sujeito, a forma verbal e o pronome se por outra pessoa gramatical (ex. Ele lava-se --> Tu lavas-te, logo trata-se de verbo+pronome pessoal reflexo).

2.2) Forma da terceira pessoa do indicativo seguida de um pronome pessoal átono que desempenha a função de sujeito indefinido ou indeterminado, com um valor próximo de a gente ou alguém (ex.: Come-se bem neste restaurante).
Para nunca confundir esta construção com formas do pretérito imperfeito do conjuntivo, poderá, no mesmo contexto e com o mesmo sentido, substituir o pronome se por outro sujeito como a gente ou alguém (ex.: Come-se bem neste restaurante --> A gente come bem neste restaurante, logo trata-se de verbo+pronome pessoal sujeito indefinido).

2.3) Forma da terceira pessoa do indicativo seguida de um pronome pessoal átono apassivante se, com um valor próximo de uma frase passiva (ex.: Vende-se este carro).
Para nunca confundir esta construção com formas do pretérito imperfeito do conjuntivo, poderá, no mesmo contexto e com o mesmo sentido, substituir o pronome se por uma construção passiva (ex.: Vende-se este carro --> Este carro é vendido, logo trata-se de verbo+pronome pessoal apassivante).




Ao fazer a pesquisa do termo prescindir, observei que constava como verbo intransitivo. Pesquisei, no entanto, no dicionário Aurélio e constava como verbo transitivo. Gostaria de alertar para esse possível erro.
Apesar de, actualmente, o verbo prescindir dever ser considerado um verbo transitivo indirecto, como faz o Aurélio, a classificação mais tradicional em dicionários portugueses (diferentemente de dicionários brasileiros como o Aurélio ou o Houaiss) é classificar verbos com regência de proposições que não sejam a (como "entregar a") como intransitivos (como é o caso de "prescindir de"). Em casos semelhantes, é normal encontrar discrepâncias entre dicionários portugueses e brasileiros, sendo a classificação dos segundos geralmente mais rigorosa.