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discurso

A forma discursopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de discursardiscursar] ou [nome masculino].

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discursodiscurso
( dis·cur·so

dis·cur·so

)


nome masculino

1. Fala ou texto preparado para ser apresentado perante uma audiência; peça oratória.

2. Conjunto ordenado de frases, ditas em público ou escritas.

3. [Religião] [Religião] Exortação feita por um eclesiástico aos fiéis. = ORAÇÃO, PRÁTICA, PRÉDICA, SERMÃO

4. Discernimento ou uso da razão.

5. [Filosofia] [Filosofia] Forma de conhecimento baseada no raciocínio.

6. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Uso real da língua por um indivíduo, numa determinada situação (ex.: discurso cuidado; discurso informal). = FALA

7. [Informal] [Informal] Conjunto de palavras ou frases fastidiosas ou sem importância. = PALAVREADO

8. [Informal] [Informal] Crítica ou advertência dirigida a alguém pela incorrecção de uma acção, afirmação ou omissão. = ADMOESTAÇÃO, REPREENSÃO, REPRIMENDA, SERMÃO


discurso directo

[Gramática] [Gramática]  Enunciado em que o narrador faz uma reprodução exacta das palavras de alguém, utilizando a primeira pessoa e marcas gráficas que distinguem o narrador das palavras reproduzidas, como em "- Ninguém me compreende! Vou-me embora daqui! - resmungou, afastando-se".

discurso directo livre

[Gramática] [Gramática]  Enunciado em que o narrador faz uma reprodução quase exacta das palavras de alguém, utilizando a primeira pessoa, mas sem marcas gráficas que distingam o narrador das palavras reproduzidas, como em "continuou a resmungar, ninguém me compreende, vou-me embora daqui, e afastou-se".

discurso indirecto

[Gramática] [Gramática]  Enunciado em que o narrador refere as palavras de alguém, utilizando a terceira pessoa e um verbo introdutório, seguido de oração subordinada, como em "resmungou que ninguém o compreendia e que se ia embora dali e afastou-se".

discurso indirecto livre

[Gramática] [Gramática]  Enunciado em que o narrador funde elementos do discurso directo e do indirecto, como em "resmungou que ninguém me compreende e que me vou embora daqui e afastou-se".

etimologiaOrigem etimológica:latim discursus, -us .
Colectivo:Coletivo:Coletivo:discurseira, discursório, parenética.
discursardiscursar
( dis·cur·sar

dis·cur·sar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Fazer discurso.

2. Discorrer.

3. Raciocinar.


verbo transitivo

4. Expor, discorrendo.

5. Analisar.

6. Ponderar.

etimologiaOrigem etimológica:latim discurso, -are, ir e vir, correr por diversas partes, atravessar.

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Dúvidas linguísticas



A expressão "até ao arrebatamento" está correta?
Antes de mais, convém clarificar, ainda que resumidamente, o uso de até.

Como preposição, a palavra até é usada para indicar um limite temporal (ex.: Eu vou embora, até amanhã; Esperem pela resposta até meados de Janeiro; Dormi até tu chegares), um limite espacial (ex.: Viajou de comboio até Paris) ou um limite quantitativo (ex.: O desconto é válido em todos os enlatados até 800 g).

Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha e Lindley Cintra (14.ª ed., Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 561), em Portugal usa-se geralmente a preposição até acompanhada da contracção da preposição a com o artigo definido o/a(s) (ex: Fui até ao parque; Fomos até à igreja) enquanto no Brasil se usa maioritariamente a preposição até sem a contracção (ex.: Fui até o parque; Fomos até a igreja). Em termos de correcção, como refere o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), é indiferente no Brasil associar a preposição até a outra preposição ou não. Por outras palavras, é tão correcto escrever fomos até à igreja como fomos até a igreja, sendo a última a forma mais usual no Brasil.

Como advérbio, a palavra até é usada para indicar inclusão ou ênfase, sendo sinónima de inclusivamente, também ou mesmo (ex.: Todos ajudaram na arrumação da cozinha, até o avô; O empresário fez várias alterações e admite até a contratação de mais funcionários). Dependendo da regência do verbo em causa, o advérbio até pode surgir associado a uma contracção (ex.: Eles foram a todo o lado: à Europa, à Ásia, até à Austrália!).

Considerando os usos acima descritos, a expressão até ao arrebatamento está correcta, tanto em Portugal como no Brasil, se a palavra até for usada como preposição (ex.: Foi uma festa intensa até ao arrebatamento final). Se, no entanto, a palavra até for usada como advérbio, a expressão até ao arrebatamento está incorrecta, como indica o asterisco (ex.: *Todas as emoções foram banidas, até ao arrebatamento religioso).




Gostaria de saber qual destas frases está correcta e porquê: a) Se eu fosse rico, ofereceria-lhe... b) Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...
Quando utiliza um pronome clítico (ex.: o, lo, me, nos) com um verbo no futuro do indicativo (ex. oferecer-lhe-ei) ou no condicional, também chamado futuro do pretérito, (ex.: oferecer-lhe-ia), deverá fazer a mesóclise, isto é, colocar o pronome clítico entre o radical do verbo (ex.: oferecer) e a terminação que indica o tempo verbal e a pessoa gramatical (ex.: -ei ou -ia). Assim sendo, a frase correcta será Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...

Esta colocação dos pronomes clíticos é aparentemente estranha em relação aos outros tempos verbais, mas deriva de uma evolução histórica na língua portuguesa a partir do latim vulgar. As formas do futuro do indicativo (ex.: oferecerei) derivam de um tempo verbal composto do infinitivo do verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do presente do verbo haver (ex.: hei), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hei. Se houvesse necessidade de inserir um pronome, ele seria inserido a seguir ao verbo principal (ex.: oferecer lhe hei). Com as formas do condicional (ex. ofereceria), o caso é semelhante, com o verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do imperfeito do verbo haver (ex.: hia < havia), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hia e, com pronome, a oferecer lhe hia.

É de notar que a reflexão acima não se aplica se houver alguma palavra ou partícula que provoque a próclise do clítico, isto é, a sua colocação antes do verbo (ex.: Jamais lhe ofereceria flores. Sei que lhe ofereceria flores).