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abono

A forma abonopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de abonarabonar], [nome masculino plural] ou [nome masculino].

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abonoabono
|ô| |ô|
( a·bo·no

a·bo·no

)


nome masculino

1. Acto ou efeito de abonar ou de se abonar. = ABONAÇÃO, ELOGIO, LOUVOR

2. Adiantamento de dinheiro ou de géneros.

3. Ajuda ou subsídio em dinheiro (ex.: pediu um abono pecuniário).

abonos


nome masculino plural

4. [Jogos] [Jogos] Tentos para pagas, nos jogos de vaza.


abono de família

[Portugal] [Portugal] Remuneração adicional atribuída a um trabalhador em função dos seus dependentes. (Equivalente no português do Brasil: salário-família.)

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Órgão sexual masculino. = PÉNIS

em abono da verdade

Usa-se para confirmar o que é dito.

vistoPlural: abonos |ô|.
etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de abonar.
iconPlural: abonos |ô|.
abonarabonar
( a·bo·nar

a·bo·nar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Dar por bom.

2. Responder por.

3. Adiantar, fazer abono.

4. [Contabilidade] [Contabilidade] Creditar, descontar no débito.

5. Aumentar um pouco (à medida) ao peso, etc.


verbo pronominal

6. Gabar-se.

7. Valer-se.

etimologiaOrigem etimológica:talvez de a- + latim bonus, -a, -um, bom + -ar.

Auxiliares de tradução

Traduzir "abono" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



A expressão "até ao arrebatamento" está correta?
Antes de mais, convém clarificar, ainda que resumidamente, o uso de até.

Como preposição, a palavra até é usada para indicar um limite temporal (ex.: Eu vou embora, até amanhã; Esperem pela resposta até meados de Janeiro; Dormi até tu chegares), um limite espacial (ex.: Viajou de comboio até Paris) ou um limite quantitativo (ex.: O desconto é válido em todos os enlatados até 800 g).

Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha e Lindley Cintra (14.ª ed., Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 561), em Portugal usa-se geralmente a preposição até acompanhada da contracção da preposição a com o artigo definido o/a(s) (ex: Fui até ao parque; Fomos até à igreja) enquanto no Brasil se usa maioritariamente a preposição até sem a contracção (ex.: Fui até o parque; Fomos até a igreja). Em termos de correcção, como refere o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), é indiferente no Brasil associar a preposição até a outra preposição ou não. Por outras palavras, é tão correcto escrever fomos até à igreja como fomos até a igreja, sendo a última a forma mais usual no Brasil.

Como advérbio, a palavra até é usada para indicar inclusão ou ênfase, sendo sinónima de inclusivamente, também ou mesmo (ex.: Todos ajudaram na arrumação da cozinha, até o avô; O empresário fez várias alterações e admite até a contratação de mais funcionários). Dependendo da regência do verbo em causa, o advérbio até pode surgir associado a uma contracção (ex.: Eles foram a todo o lado: à Europa, à Ásia, até à Austrália!).

Considerando os usos acima descritos, a expressão até ao arrebatamento está correcta, tanto em Portugal como no Brasil, se a palavra até for usada como preposição (ex.: Foi uma festa intensa até ao arrebatamento final). Se, no entanto, a palavra até for usada como advérbio, a expressão até ao arrebatamento está incorrecta, como indica o asterisco (ex.: *Todas as emoções foram banidas, até ao arrebatamento religioso).




As palavras Aveiro e petrologia lêem-se uma com o a aberto e a outra com o e aberto. Reparo no entanto a falta de acentuação. Será que isto se deverá à etimologia das palavras?
A acentuação gráfica das palavras em português não serve para indicar a qualidade das vogais, mas sim para marcar a sílaba tónica. Assim, Aveiro e petrologia não têm acento gráfico porque se trata de palavras graves (acentuadas nas sílabas -vei- e -gi-, respectivamente), que, de um modo geral, não são acentuadas graficamente no sistema ortográfico português.

O facto de a primeira poder ser lida com um a aberto e a segunda com um e aberto (embora a pronúncia de petrologia com e central fechado, como o e de se, seja muito mais comum no português europeu) não implica a necessidade de uso de diacrítico. Veja-se, a título de exemplo, o caso dos homógrafos forma (ó) e forma (ô), a que correspondem sentidos e produções fonéticas diferentes, mas cuja distinção é feita através do contexto em que ocorrem e não através do uso de acentuação gráfica (o Acordo Ortográfico de 1990 indica que o uso do acento circunflexo é facultativo no caso destes homógrafos).

Segundo o Acordo Ortográfico de 1945, há casos excepcionais de uso dos acentos gráficos, sempre em sílabas tónicas, para distinção entre palavras homónimas com categorias morfossintácticas diferentes (ex.: pelo [preposição] / pêlo [nome] ; para [preposição] / pára [forma do verbo parar]). O Acordo de 1990 prevê que o acento distintivo nos exemplos acima mencionados seja eliminado, mas mantém-no no caso de por [preposição] / pôr [verbo].