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quanta

A forma quantapode ser [ de quantoquanto], [feminino singular de quantoquanto], [masculino plural de quantumquantum] ou [nome masculino plural].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
quantaquanta
|quânta|


nome masculino plural

Ver quantum.

vistoSingular: quantum.
etimologiaOrigem etimológica:palavra latina, plural de quantum, -i, que quantidade.
iconSingular: quantum.
quantumquantum
|quântu-m|


nome masculino

1. Quantidade ou soma que não se designa.

2. Quantidade referente a cada um numa repartição.

3. Montante de uma indemnização.

4. [Física] [Física] Quantidade mínima de energia que pode ser emitida, propagada ou absorvida. [A teoria dos quanta, criada por Max Planck em 1900 e que está está na base de toda a física moderna, afirma que a energia radiante tem, como a matéria, uma estrutura descontínua; não pode existir senão sob a forma de fragmentos, ou quanta, de valor hv, onde h é uma constante universal de valor 6,626 x 10-34 J s, e v a frequência da radiação.]

vistoPlural: quanta.
etimologiaOrigem etimológica:palavra latina que significa "que quantidade".
iconPlural: quanta.
quantoquanto
( quan·to

quan·to

)


quantificador interrogativo e pronome interrogativo

1. Que preço.

2. Que número.

3. Que tempo.


quantificador existencial

4. Que grande número de, que grande quantidade de (ex.: quanta saudade tenho tua!).


quantificador relativo

5. O que, aquilo que.


conjunção

6. Usa-se para introduzir o segundo termo, numa comparação de igualdade, antecedido de tão (ex.: o garoto é tão alto quanto o pai; o aprendiz já faz o trabalho tão bem quanto o mestre). = COMO

7. Usa-se numa comparação, antecedido de tão, para indicar igualdade ou equivalência (ex.: este atleta é tão talentoso quanto preguiçoso; leu o texto tão demorada quanto aborrecidamente). = COMO, QUÃO

8. Usa-se para indicar grau ou intensidade numa frase integrante (ex.: narrou quanto foi espantosa a aventura; descobri quanto posso ser assertivo; afirmou quanto está orgulhoso; já lhe disse quanto gosto dele). = O QUANTO

9. Indica grau ou intensidade, em frases exclamativas (ex.: quanto é esperta esta criança!). = QUÃO


o quanto

Usa-se para indicar grau ou intensidade numa frase integrante (ex.: mostrou-lhe o quanto estava desiludida; sei o quanto a equipa esteve empenhada; isto prova o quanto estivemos errados; ninguém sabe o quanto sofreu). = QUANTO

quanto a

Naquilo que se refere ou é relativo a algo ou alguém (ex.: ainda não decidiram nada quanto à data do casamento). = EM RELAÇÃO A, NO QUE DIZ RESPEITO A

Na opinião de (ex.: quanto a mim, Lisboa é uma das cidades mais bonitas).

quanto antes

Sem demora; o mais depressa possível.

quanto mais que

Mormente, principalmente; além de que.

etimologiaOrigem etimológica:latim quantus, -a, -um.
Ver também resposta à dúvida: quando muito / quanto muito.

Auxiliares de tradução

Traduzir "quanta" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Qual a forma correta: "Ela é mais alta do que ele" ou "Ela é mais alta que ele"?
Ambas as frases estão correctas porque tanto a conjunção que quanto a locução conjuncional do que introduzem o segundo termo de uma comparação, conforme pode verificar clicando na hiperligação para o Dicionário Priberam.

Geralmente, do que pode ser substituído por que: este é ainda pior do que o outro = este é ainda pior que o outro, é preferível dizer a verdade do que contar uma mentira = é preferível dizer a verdade que contar uma mentira.

No entanto, quando o segundo termo da comparação inclui um verbo finito, como em o tecido era mais resistente do que parecia, a substituição da locução do que por que não é possível e gera agramaticalidade: *o tecido era mais resistente que parecia.




A descrição de "cigano" no Dicionário Priberam, entre outras coisas, diz que os ciganos são trapaceiros. Isto não devia ser revisto por ser preconceituoso?
Um dicionário deve ter palavras e sentidos que podem insultar ou ofender? Além de "cigano", palavras como "galego", "monhé", "judeu", "preto", "fufa" ou "paneleiro"?
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) não diz que os ciganos são trapaceiros; o que se apresenta é, entre outras acepções, um uso real, ainda que potencialmente ofensivo, da palavra cigano como sinónimo de trapaceiro, o que é substancialmente diferente.

A lexicografia actual assume que um dicionário deve seguir uma abordagem descritiva na selecção das palavras e na forma como as define, usando nomeadamente um conjunto de etiquetas ou sinais para assinalar níveis de língua (como linguagem informal ou calão) ou usos específicos (como expressões depreciativas ou insultuosas), não devendo o autor ou editor do dicionário impor a sua opinião sobre o uso da língua.

Por outras palavras, a função de um dicionário passa por uma descrição dos usos da língua, devendo basear-se essencialmente em factos linguísticos e não estabelecer juízos de valor relativamente a eles, antes apresentá-los o mais objectivamente possível. Em relação às definições da palavra cigano, o DPLP veicula o significado que ela apresenta na língua, mesmo que alguns dos seus significados possam revelar o preconceito ou a discriminação presentes no uso da língua.

A acepção que se considera preconceituosa tem curso actualmente em Portugal (como se pode verificar através de pesquisa em corpora e em motores de busca na internet), sendo usada em registos informais e com intenções pejorativas, estando registada, para além de no DPLP, nas principais obras lexicográficas de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências de Lisboa/Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). O DPLP não pode omitir ou branquear determinados significados, independentemente das convicções de cada lexicógrafo ou utilizador do dicionário.

Como acontece com qualquer palavra, o uso desta acepção de cigano decorre da selecção feita por cada utilizador da língua, consoante o registo de língua e o conhecimento das situações de comunicação e dos códigos de conduta social. O preconceito não pode ser imputado ao dicionário, que se deve limitar a registar o uso (daí as indicações de registo pejorativo [Pejor.]). Este não é, na língua portuguesa ou em qualquer outra língua, um caso único, pois as línguas, enquanto sistemas de comunicação, veiculam também os preconceitos da cultura em que se inserem.

Esta reflexão também se aplica a outros exemplos, como o uso dos chamados palavrões, ou tabuísmos, cuja utilização em determinadas situações é considerada altamente reprovável, ou ainda de palavras que têm acepções depreciativas no que se refere a distinções sexuais, religiosas, étnicas, etc.

Ao alertar para termos e empregos preconceituosos, informais ou obscenos, muitas vezes desconhecidos dos falantes, seja porque pertencem a diferentes enquadramentos socioculturais, seja porque são falantes estrangeiros, os dicionários estão a alertar os consulentes para a possibilidade de usarem linguagem ofensiva ou de ferirem as susceptibilidades de outros falantes.