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Dicionário Priberam da Língua Portuguesa


O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) é um dicionário de português contemporâneo com cerca de 165 000 entradas lexicais, incluindo locuções e fraseologias, cuja nomenclatura compreende o vocabulário geral e os termos mais comuns das principais áreas científicas e técnicas. O dicionário contém sinónimos e antónimos por acepção e permite ainda a conjugação verbal. É também possível consultar informação sobre a origem da maioria das palavras e indicações de pronúncia.


O DPLP permite a consulta de acordo com a norma do português europeu ou de acordo com a do português do Brasil, com ou sem as alterações gráficas previstas pelo Acordo Ortográfico de 1990. Para informações pormenorizadas, deverá aceder à secção Como consultar. Quaisquer sugestões ou correcções devem ser enviadas para dicionario@priberam.pt.



Dúvidas linguísticas



Uma frase poderá conter parênteses no fim da mesma? Exemplo: Deve haver falta de correctores ortográficos no mercado (ou será um novo mês? Ficará talvez entre Fevereiro e Março).
Os parênteses são sinais gráficos - podem ser curvos "( )", rectos "[ ]" ou angulares "<>" - utilizados sobretudo para delimitar palavras, locuções ou frases intercaladas ou suprimidas, sem que a estrutura sintáctica seja alterada. Por este motivo, ao utilizar uma sequência dentro de parênteses, a pontuação da frase deverá ser a mesma que existiria sem o uso desses sinais gráficos.

O exemplo que nos fornece não é muito claro, mas quando o que se pretende intercalar corresponde a uma ou mais frases completas, estas poderão estar integradas na frase que não está entre parênteses (mantendo a pontuação de uma frase dependente e sem uso de maiúsculas iniciais): Deve haver falta de correctores ortográficos no mercado (ou será um novo mês?).

Se, no entanto, houver mais do que uma frase dentro dos parênteses, deverão ser respeitadas dentro dos parênteses as regras gerais de pontuação, com uso de maiúsculas a seguir a um ponto final ou, no caso do exemplo, a um ponto de interrogação: Deve haver falta de correctores ortográficos no mercado (ou será um novo mês? Ficará talvez entre Fevereiro e Março?).

A informação poderá, por outro lado, surgir isolada fora dessa frase, com a respectiva pontuação e uso de maiúsculas; este parece ser o procedimento preferencial no caso de frases como a do exemplo referido, em que não parece haver nexo muito forte entre a frase imediatamente anterior e a(s) frase(s) entre parênteses: Deve haver falta de correctores ortográficos no mercado. (Ou será um novo mês? Ficará talvez entre Fevereiro e Março?)




Perdão por corrigi-los, mas em seu dicionário online há um grave erro: a palavra miçanga está escrita com "ss" (missanga), porém, por ser uma palavra de origem indígena, escreve-se com "ç".

As palavras referidas (missanga/miçanga) apresentam uma diferença na tradição lexicográfica (i.e., o registo das palavras nos dicionários, ao longo de muitos anos) de Portugal e do Brasil, que não será resolvida pela entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990 (o mesmo se passa com outros casos como os de alforge, beringela ou connosco na norma europeia e alforje, berinjela ou conosco na norma brasileira). Missanga é a forma preferencial e a única forma atestada em todas as obras de referência consultadas para o português europeu. A forma miçanga aparece apenas registada em dicionários ou vocabulários brasileiros.

Não se trata, portanto, de uma grafia errada, mas de uma divergência ortográfica entre duas variedades do português. Sobre este assunto, pronuncia-se Rebelo Gonçalves, no seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (Coimbra: Atlântida, 1947, p. 44, nota 3): "missanga: Grafia do Vocabulário de Gonçalves Viana, das Apostilas do mesmo autor (II, págs. 146-147), do Vocabulário da A.C.L., do Dicionário Etimológico de Antenor Nascentes e do comum dos léxicos portugueses e brasileiros (Bluteau [Suplemento, parte II], Morais, Domingos Vieira, Aulete, Maximiano de Lemos, Figueiredo, Silva Bastos, Moreno, Torrinha, Carlos Spitzer, Teschauer, etc.). Não vemos razão para se preferir a grafia miçanga, registada pelo Vocabulário da A.B.L."


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