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descarte

A forma descartepode ser [primeira pessoa singular do presente do conjuntivo de descartardescartar], [terceira pessoa singular do imperativo de descartardescartar], [terceira pessoa singular do presente do conjuntivo de descartardescartar] ou [nome masculino].

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descartedescarte
( des·car·te

des·car·te

)


nome masculino

1. Acto ou efeito de descartar ou de se descartar.

2. Conjunto de cartas que se descartaram.

3. [Figurado] [Figurado] Evasiva.

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de descartar.
descartardescartar
( des·car·tar

des·car·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Desfazer-se de (certas cartas).

2. Deitar fora depois de usar.

3. Não incluir como possibilidade; colocar de lado. = EXCLUIR, REJEITAR

4. [Figurado] [Figurado] Privar de, tirar.


verbo pronominal

5. [Figurado] [Figurado] Desfazer-se de uma carta. = BALDAR-SE

6. Desfazer-se (de importuno ou de coisa que não agrada). = DESEMBARAÇAR-SE

etimologiaOrigem etimológica:des- + carta + -ar.

Auxiliares de tradução

Traduzir "descarte" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Em https://www.flip.pt/Duvidas.../Duvida-Linguistica/DID/777 vocês concluem dizendo "pois trata-se de uma oração subordinada condicional, introduzida pela conjunção se". Nesse caso, pelas mesmas regras ali expostas, não teria de ser "pois se trata"? O "pois" não atrai nunca próclise?
No português europeu, a conjunção pois não é geralmente um elemento desencadeador de próclise (posição pré-verbal do pronome pessoal átono, ou clítico), a qual, como se referiu na resposta à dúvida posição dos clíticos, está associada a fenómenos gramaticais de negação, quantificação, focalização ou ênfase (vd. Eduardo RAPOSO et al. (orgs.), Gramática do Português, 1.ª ed., vol. II, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, pp. 2241-2242).


Pesquisas em corpora revelam que, na norma europeia, existem casos da conjunção pois com próclise (ex.: As despesas não aumentaram tanto como as receitas, pois se arredondaram em 26 811 contos) mas comprovam também que, estatisticamente, essa conjunção é mais usada com ênclise (posição pós-verbal do pronome pessoal átono), como na frase Em conclusão, as frases que nos enviou enquadram-se no contexto referido na alínea f), pois trata-se de uma oração subordinada condicional, introduzida pela conjunção se. Essa tendência é também corroborada pela seguinte afirmação de Ana Maria Martins, que se debruça sobre o tema na obra acima citada: «As orações explicativas introduzidas por pois (cf. Caps. 34, 35 e 38) apresentam sempre colocação enclítica dos pronomes átonos (desde que a próclise não seja independentemente motivada) [...].» (vd. Eduardo RAPOSO et al. (orgs.), Gramática do Português, 1.ª ed., vol. II, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, p. 2299).


Na norma brasileira, dado que a tendência natural é para a colocação do pronome antes do verbo, tal como se afirma na resposta à dúvida amanhã: ênclise ou próclise?, o habitual é a conjunção pois ser mais usada com próclise (ex.: O resultado foi satisfatório, pois se conseguiu atingir o objetivo).




3ª ou 3.ª? Pergunto isto porque me lembro de uma vez ter lido que 23o significa 23 graus e 23.º vigésimo terceiro.
Nenhuma das opções pode ser considerada errada, uma vez que não há nada no Acordo Ortográfico (nem de 1945, nem de 1990) que se pronuncie sobre este facto. O texto legal do Acordo Ortográfico usa sistematicamente os numerais ordinais com ponto antes da letra que indica o género do numeral, o que pode tornar preferencial a opção 3.ª, em detrimento de , mas não torna esta segunda opção errada. É um facto que 23º será ambíguo (vinte e três graus/vigésimo terceiro) e que 23.º o desambigua, mas há mais ambiguidades na língua e não é uma ambiguidade que torna um enunciado errado.