PT
BR
Pesquisar
Definições



espetado

A forma espetadopode ser [masculino singular particípio passado de espetarespetar] ou [adjectivoadjetivo].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
espetadoespetado
( es·pe·ta·do

es·pe·ta·do

)


adjectivoadjetivo

1. Enfiado em espeto; atravessado por espeto.

2. [Figurado] [Figurado] Atravessado (por arma ou instrumento).

3. [Informal] [Informal] Erecto; teso.

4. [Figurado] [Figurado] Comprometido; encalacrado.

espetarespetar
( es·pe·tar

es·pe·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Enfiar em espeto.

2. Atravessar ou perfurar com espeto.

3. Trespassar.

4. Cravar.

5. Pregar.

6. Enterrar.

7. [Figurado] [Figurado] Entalar, lograr, enganar, comprometer.

8. [Informal] [Informal] Impingir.


verbo pronominal

9. Ficar espetado.

10. Levar uma espetadela ou picadela.

11. Cravar-se.

12. Comprometer-se.

13. Encalacrar-se.

14. Fazer má figura.

15. Dar má lição.

16. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Dar uma queda (ex.: espetou-se na descida). = ESBARDALHAR, ESPALHAR


verbo transitivo e pronominal

17. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Ir ou bater com violência contra algo (ex.: a roda derrapou e ele ia espetando a bicicleta contra o muro; espetou-se de carro). = ESBARDALHAR, ESTAMPAR

Auxiliares de tradução

Traduzir "espetado" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



"O Sporting colou-se hoje a FC Porto e Benfica na liderança da Superliga portuguesa." Sendo que o correcto seria "O Sporting colou-se hoje ao FC Porto e ao Benfica”, a primeira hipótese poderá também estar correcta?
As regras que regem o emprego ou a omissão de artigos com nomes próprios nem sempre são óbvias, deixando espaço para incertezas, como se depreende da consulta de qualquer compêndio gramatical sobre este assunto (veja-se, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998: pp. 214-242).

A frase que refere poderia estar correcta como eventual título de jornal (onde a omissão de artigos e verbos é frequente: Sporting, FC Porto e Benfica na liderança da Superliga portuguesa), sobretudo se o clube desportivo mencionado no início da frase também não fosse precedido de artigo: Sporting colou-se hoje a FC Porto e Benfica na liderança da Superliga portuguesa. Tal como é apresentada, com Sporting precedido de artigo, ao contrário de Porto e Benfica, a frase causa alguma estranheza, sendo preferível indicar todos os artigos: O Sporting colou-se hoje ao FC Porto e ao Benfica na liderança da Superliga portuguesa.




A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).